O Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Santarém, através da Divisão Policial de Tomar, realizou na madrugada de 5 de Fevereiro uma operação de fiscalização na discoteca Rio Bar, local de confrontos e agressões na últimas duas semanas. Depois de um militar da GNR de Alcanena ter sido, quando estava fora de serviço, agredido na face e no pescoço com um copo partido, a 28 de Janeiro, a 4 de Fevereiro um homem de 29 anos foi esfaqueado no pescoço tendo sido transportado para o Hospital de Abrantes com ferimentos considerados ligeiros.
No primeiro caso o agressor entregou-se à Polícia Judiciária de Aveiro e aguarda julgamento em liberdade ficando apenas sujeito a Termo de Identidade e Residência (ver página 5). Na situação do homem esfaqueado no pescoço existem apenas algumas pessoas identificadas com base em testemunhos. Da operação das autoridades, na qual estiveram envolvidos cerca de 40 operacionais, resultou a apreensão de três armas brancas e a identificação de quatro infracções tendo sido levantados os respectivos autos de contra-ordenação. Em comunicado, a PSP informa ainda que foi elaborado um “auto de notícia por eventual exercício ilegal de segurança privada”.
A gerência da discoteca Rio Bar, que está em Tomar há mais de duas décadas, emitiu um comunicado afirmando que “não se identifica com comportamentos desviantes da boa conduta humana e que, sempre que estes acontecem, tudo faz para que os mesmos sejam resolvidos da melhor forma e que não se repitam”. Os responsáveis dizem ainda que “o Rio Bar pode e deve ser fiscalizado mantendo assim uma relação de proximidade e transparência com as forças policiais”.

Autarcas preocupados com segurança
As ocorrências no espaço de diversão nocturna foram assunto de debate na última reunião do executivo de Tomar, que se realizou na segunda-feira, 6 de Fevereiro. Tiago Carrão, vereador do PSD, questionou a maioria socialista sobre se a insegurança na cidade tem aumentado. O autarca lamentou ainda que este tipo de assuntos não sejam debatidos no Conselho Municipal de Segurança. “O conselho nunca reuniu. Talvez fosse importante para o delineamento de estratégias em prol da comunidade”, disse. Anabela Freitas, presidente da câmara, assegurou que tem falado com a PSP e GNR e que os dados recolhidos demonstram que não há um aumento da criminalidade no concelho, embora existam diferenças nos tipos de criminalidade.