Nersant Seguros vai ter novos sócios maioritários
Maioria do capital da empresa Nersant Seguros vai mudar de mãos. O presidente Domingos Chambel fez mal a gestão deste caso e está a humilhar o director executivo, António Campos, à espera que ele se demita. Chambel faz a gestão da Nersant à distância e nestes quase três anos de presidência limitou-se a gerir o legado de Salomé Rafael.
A maioria do capital da empresa Nersant Seguros poderá mudar de mãos a curto prazo. Os dois sócios principais, F.Rego - Corretores de Seguros e Link Seguros, consideram que a empresa é pequena demais para dois operadores de grande dimensão. Em cima da mesa está a possibilidade de um deles ficar com a maioria. O MIRANTE sabe que as negociações estão a decorrer e não deve faltar muito para que cheguem a um acordo. José Coimeiro, em representação da CABENA, empresa de que é proprietário e administrador, detém uma parte significativa do capital da Nersant Seguros, e ganhou recentemente a presidência do conselho de administração que desde o início era indicada pela Nersant. Uma má gestão do caso por parte do presidente da associação criou uma situação que afastou a Nersant da liderança de uma empresa que foi criada para que a associação possa ter os seus rendimentos próprios e não dependa só de subsídios.
Apesar de José Coimeiro ser membro da direcção, Domingos Chambel indicou António Rodrigues para a liderança; José Coimeiro puxou dos galões, por ter cerca de 25% do capital, e “sem dar cavaco ao presidente da Nersant deixou-o a falar sozinho”. Quem fala assim a O MIRANTE, criticando “a postura arrogante e grosseira de Domingos Chambel”, é um dos seus próprios camaradas de direcção que acha que “a Nersant está entregue a um empresário em fim de vida”. “O homem não tem noção das diferenças entre gerir a sua empresa e gerir uma associação de empresários”, confidenciou, pedindo ao jornalista que mantenha o anonimato já que no seio da direcção se vive um ambiente que parece de um filme dos anos 60.
Domingos Chambel humilha António Campos e entrega gestão a António Rodrigues
Domingos Chambel conta, para gerir a Nersant, com António Rodrigues que está mais perto da sede da associação e é um dos seus três vice-presidentes. Quem conhece bem a vida da associação diz que o empresário de Abrantes já tem alguma dificuldade em andar na estrada devido à sua idade, e que por isso não pode correr para Torres Novas como devia, entregando a gestão de proximidade a António Rodrigues, que poderá ser o seu sucessor a médio prazo. A mesma fonte adianta ainda que, em quase três anos de presidência, Domingos Chambel não fez nada mais que assegurar a gestão normal da associação. A única diferença é que vai pôr a andar o actual director executivo, António Campos, não sem antes ter montado um “circo” na associação, chegando ao ponto de o mandar sair da sala de reuniões da direcção para que não assistisse à discussão de certos assuntos.
Para alguns directores e funcionários com mais peso na gestão da Nersant, a ideia que fica é que Domingos Chambel vai acabar com a associação a curto prazo, ou faz dela mais uma das muitas sem importância que existem em Portugal, e que só servem para atrapalhar a vida dos empresários que não têm quem os represente na luta contra a burocracia e os abusos do Estado.
O MIRANTE sabe que Domingos Chambel está a ser criticado cada vez mais internamente por estar a fazer ao director executivo da Nersant, António Campos, aquilo que os “malfeitores” fazem às suas vítimas: Chambel não fala com António Campos e, quando fala, é para o acusar de ser um dos culpados daquilo a que chama a má gestão de Salomé Rafael; criou ainda um ambiente de trabalho que deverá obrigar António Campos a mudar de vida e a pedir a demissão do cargo.