A proposta de revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Torres Novas encontra-se em fase de concertação com as entidades que já foram consultadas e se pronunciaram sobre o documento solicitando alterações, seguindo posteriormente para a fase de consulta pública.
De acordo com a apresentação feita por profissionais da empresa Terraforma, na última reunião do executivo da Câmara de Torres Novas, o programa de execução e plano de financiamento para o concelho prevê, entre outros investimentos, novas vias, requalificação urbana, reabilitação do edificado, implementação da segunda fase das zonas industriais de Riachos, Torres Novas e Zibreira (Porta Norte), Colina do Castelo, novas Unidades de Saúde Familiares, beneficiação e reparação em habitações sociais e beneficiação de escolas e equipamentos desportivos.
Além da redefinição de solo urbano e rústico o novo PDM contempla também a aplicação de faixas de 50 metros em volta das construções para se delimitar as áreas dos aglomerados urbanos e as classificar como Perímetros Urbanos ou Aglomerados Rurais. Foi igualmente definida uma faixa de 50 metros em relação ao eixo das vias urbanas; considerados compromissos urbanísticos válidos e ponderados territórios artificializados e ponderada a sua colmatação.
O vice-presidente do município, Luís Silva (PS), explicou que não foi mostrada nenhuma planta do desenho urbano do PDM uma vez que o documento pode ainda vir a sofrer alterações. De qualquer modo, acrescentou, os munícipes interessados podem dirigir-se à autarquia e pedir para consultar o documento em revisão.
O vereador Tiago Ferreira (PSD) criticou a opção dos socialistas fazerem uma apresentação pública nesta fase sem que a oposição tenha sido consultada acerca dos moldes em que acham que devia ter acontecido. “Não vejo com bons olhos que se faça uma apresentação pública nestes termos com os vereadores; acabamos por não ter acesso ao plano todo por questões que temos que esconder do público”, disse, defendendo que a proposta deveria ter sido apresentada em reunião privada. O social-democrata disse ainda que faz falta afirmar Torres Novas do ponto de vista do desenvolvimento industrial e empresarial aproveitando a sua centralidade, mas sem descurar a habitação, património e desenvolvimento cultural.
Por sua vez o vereador António Rodrigues referiu ter ficado “satisfeito” com o que viu e desafiou a autarquia a informar a população que esta é a altura certa para se dirigirem aos serviços municipais e pedirem para consultar o documento.