Bairro Vila Verde, no Entroncamento, vai ser requalificado para criar 40 fogos de habitação

Objectivo da visita da ministra da Habitação ao Entroncamento foi alertar para a necessidade de alargar oferta para arrendamento a custos controlados e compatíveis com os rendimentos das famílias.
A ministra da Habitação, Marina Gonçalves, visitou os trabalhos de reabilitação do Bairro Vila Verde, no Entroncamento, na terça-feira, 14 de Fevereiro. O bairro, considerado histórico e propriedade da Infraestruturas de Portugal, estava devoluto e passou a integrar a bolsa de imóveis do Estado para posterior recuperação por parte do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). O objectivo é alargar a oferta de habitação para arrendamento a custos controlados e compatíveis com os rendimentos das famílias.
Durante a visita a ministra da Habitação referiu que será feito um investimento de 3,7 milhões de euros na recuperação de 40 fogos. Marina Gonçalves realçou que o projecto é anterior ao Plano de Resiliência e Recuperação (PRR). No entanto, o PRR veio traçar um limite temporal para a execução da empreitada, que se prevê de 360 dias. A governante destacou também a importância destes projectos nas estratégias locais de habitação dos concelhos envolvidos.
A acompanhar a ministra estiveram a vice-presidente da Câmara do Entroncamento, Ilda Joaquim, e o vereador Carlos Amaro. Ilda Joaquim reforçou que as reabilitações dos bairros Ferroviários, Vila Verde, Camões e, em breve, o Bairro do Boneco são “o espelho da visão estratégica para a reabilitação urbana no concelho. Estamos a dar um impulso nesta área com vista a incentivar a reabilitação urbana nomeadamente do edificado e do espaço público”, sublinhou. Na visita também estiveram presentes a presidente do IHRU, Isabel Dias, e o vogal do conselho directivo do IHRU, Fernando Almeida.
O investimento de cerca de 3,5 milhões de euros terá de estar concluído dentro “de um ano, um ano e meio”, afirmou Marina Gonçalves. A obra resulta de uma intervenção directa do IHRU, que será o senhorio e irá arrendar as moradias depois de um concurso no âmbito do arrendamento acessível que será aberto para famílias de rendimentos intermédios, especificou. “Aqui está um bom exemplo do que é pegar no património devoluto do Estado, património público que estava sem qualquer tipo de utilização, reabilitá-lo e conseguir colocá-lo ao serviço da população”, sublinhou. Respondendo a críticas sobre atrasos na concretização dos investimentos previstos na habitação, a ministra afirmou que a política que está a ser posta em prática desde 2016, de habitação universal e de criação de um novo parque público, é “nova” pelo que existe o atraso daquilo que não foi feito no passado.