Sociedade | 03-03-2023 14:42

Bloco diz que solução para as chaminés demolidas em Torres Novas não respeita a memória colectiva

O que resta de uma das chaminés que poderá ser reconstruída e assim possibilitar o reinício das obras de construção do Intermarché

Bloco de Esquerda entende que a única solução aceitável seria a reconstrução das chaminés demolidas pela empresa promotora do supermercado e pede à câmara que no futuro faça cumprir a lei.

O Bloco de Esquerda apresentou na última sessão da Assembleia Municipal de Torres Novas uma recomendação onde considera que a solução aprovada pela câmara municipal para as chaminés demolidas da antiga fábrica António Alves não respeita o projecto inicial nem a memória colectiva, e pede ao município que no futuro “faça cumprir a lei e os procedimentos aprovados”.

Para o partido representado na assembleia municipal por Rui Alves Vieira e Roberto Barata o promotor o “promotor da construção das novas instalações do Intermarché” nos terrenos da antiga fábrica “agiu em total desconformidade com os procedimentos urbanísticos em vigor, que exigiam que esta eventual demolição fosse atempadamente discutida e autorizada pela câmara municipal”.

“Havia um projecto aprovado que previa a integração das chaminés e a propriedade, mesmo [sendo] privada, constitui um bem social que obedece a regras públicas. O promotor agiu às escondidas dos técnicos do município, essa é a verdade”, afirmou Rui Alves Vieira durante a apresentação da recomendação que foi rejeitada com 13 votos contra, sete abstenções e 11 votos a favor.

O PSD, pela voz de Arnaldo Santos, entendeu que a recomendação já não fazia sentido uma vez que a câmara já tomou uma decisão em que aceita a substituição das chaminés por algo que preserve a [sua] memória. “É irrealista reconstruir aquele património. Errou a câmara e errou o empresário, não intencionalmente, mas não avaliaram a estabilidade daquelas duas torres. Quero acreditar que as chaminés ofereciam perigo”, afirmou o eleito.

A CDU optou por abster-se na votação com o eleito Júlio Costa a afirmar que a câmara municipal, liderada pelo socialista Pedro Ferreira não teve em conta a “indignação da população” e que a coligação não se conforma com a decisão tomada.


Maqueta não convence BE

Sobre a proposta de alteração ao projecto apresentada pela empresa que está a construir o supermercado, que aceita a elaboração de uma maquete da antiga fábrica que ficará exposta no interior do supermercado e a manutenção do que resta de uma chaminé, Rui Alves Vieira lamentou ainda a sua aprovação pelo executivo municipal sem que tivessem sido apresentados “pormenores do projecto”, nomeadamente as dimensões da maqueta.

Para o BE, sublinhou, só havia uma solução: a reposição integral das chaminés. Alves Vieira perguntou ainda qual o valor da contraordenação aplicada ao promotor pela destruição das chaminés, mas ficou sem resposta.

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