Detido em Abrantes por abuso sexual de crianças fica impedido de contactar menores
O arguido tem 52 anos, é responsável pelo Rancho Folclórico Casais de Revelhos e a vítima, do sexo feminino, tem agora 18 anos. Suspeito vai aguardar o desenrolar do inquérito em liberdade.
O homem de 52 anos, detido em Abrantes “fortemente indiciado pelo crime de abuso sexual de crianças”, vai aguardar o desenrolar do inquérito em liberdade mas impedido de contactar com menores, disse fonte da Polícia Judiciária (PJ). Presente no dia 24 de Fevereiro a um juiz de instrução criminal, “foi determinada como medida de coacção a proibição de contactar a vítima e de estar em espaços ou em actividades que envolvam menores de 16 anos”, disse à agência Lusa a mesma fonte.
Em causa está um alegado crime de abuso sexual de uma menor, à data com 13 anos, que terá sido cometido por um homem residente numa aldeia do concelho de Abrantes. Ao que O MIRANTE apurou o arguido é responsável pelo Rancho Folclórico de Casais Revelhos, e a vítima, do sexo feminino, tem agora 18 anos.
“Os factos ocorreram em Agosto de 2017, aproveitando o agressor a proximidade com a vítima, à data com 13 anos de idade, e a ascendência sobre a mesma, dado ser o responsável de grupo de dança de que aquela fazia parte”, refere em comunicado o Departamento de Investigação Criminal da PJ de Leiria. Na mesma nota, a PJ diz ainda que “tais acontecimentos experienciados pela vítima resultaram na necessidade de acompanhamento psiquiátrico e psicológico e na perda de ano escolar”.
O homem foi detido a 22 de Fevereiro, no seguimento de denúncia e em cumprimento de mandado de detenção emitido pelo DIAP de Abrantes. Em declarações à agência Lusa, o director do Departamento de Investigação Criminal (DIC) de Leiria da PJ, Avelino Lima, disse que “não foi um acto isolado” e indicou que a menina, hoje com 18 anos, só agora conseguiu contar aos pais tendo a denúncia ocorrido no final de 2022.
Pelo “risco de actividade continuada na escola de dança”, que as autoridades estão a investigar, o homem, sem antecedentes criminais, foi ouvido no Tribunal de Santarém em primeiro interrogatório judicial tendo sido aplicadas as medidas de coacção que o afastam da vítima e do contacto com outros menores no grupo e espaço cultural de que era responsável.