Impactos da pedreira de Trancoso não são tão graves como se temia

Pedreira existente junto da aldeia só tem laborado em situações ocasionais e sem os impactos que muita gente receava. O clube da aldeia aceitou o cheque da empresa exploradora para poder realizar iniciativas em prol da comunidade.
O recomeço da exploração da pedreira de Trancoso acabou por não trazer de volta os impactos nocivos que a comunidade temia e está apenas a ser usada ocasionalmente e sem recurso a explosivos. A garantia é deixada a O MIRANTE por vários moradores da localidade que dizem que tudo tem estado calmo e sem os problemas do passado.
Também Mário Cantiga, presidente da União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, assegura que, até ao momento, não lhe chegou nenhuma queixa sobre o funcionamento da pedreira agora explorada pela empresa Batalha dos Anjos. O retomar da exploração da pedreira foi recebida no último ano com apreensão pela comunidade, que temia um regresso dos impactos do passado. “Afinal está tudo calmo. São construtores civis e usam alguma pedra que ainda subsiste na pedreira nas suas obras e por isso não há explosões nem pó”, garante Alfredo Cunha, morador de Trancoso, a O MIRANTE.
Antes de retomar a operação, a empresa promoveu uma reunião pública com a comunidade para a tranquilizar e chegou a oferecer cinco mil euros para compensar os eventuais impactos que viesse a causar. Uma acção vista por alguns moradores como uma tentativa de, com pouco, calar a população. A junta de freguesia e a câmara recusaram receber a verba e foi o Clube Desportivo e Recreativo de Trancoso quem ficou com o dinheiro para o usar em iniciativas de dinamização da comunidade e do lugar de Trancoso. Os dirigentes do clube já tinham garantido a O MIRANTE que mesmo assim não se iriam vender por cinco mil euros e que se fosse preciso tomar uma posição pela defesa da comunidade o fariam. Um dos maiores receios da comunidade era de que os camiões atravessassem a aldeia, como acontecia no passado, mas esse cenário foi posto de parte uma vez que a circulação de pesados passou a ser proibida no interior da aldeia desde o final de Abril passado.