Sociedade | 15-03-2023 10:00

Falta vontade política para resolver problema na Ponte da Chamusca

Falta vontade política para resolver problema na Ponte da Chamusca
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Dezenas de pessoas juntaram-se em protesto contra constrangimentos causados pelos problemas estruturais da Ponte da Chamusca

Dezenas de pessoas participaram num buzinão em protesto contra os constrangimentos diários na Ponte da Chamusca. Autarcas da oposição no executivo lamentam que não exista vontade política para resolver um problema com vários anos que afecta a população da região.

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos do Distrito de Santarém organizou uma concentração/buzinão na sexta-feira, 3 de Março, junto à Ponte da Chamusca, pela conclusão do IC3 e construção de uma nova travessia. Dezenas de pessoas juntaram-se ao protesto, algumas delas circulavam na estrada e pararam o carro para demonstrarem a sua indignação por um problema que existe há vários anos.
Gisela Matias e Tiago Prestes, vereadores na oposição à maioria socialista no executivo municipal, consideram que falta vontade política para resolver os problemas causados pela travessia que liga o concelho da Chamusca à Golegã. A autarca da CDU revela que a ponte tem neste momento problemas estruturais (piso degradado, falta de iluminação, arcos partidos) e que o assunto já foi debatido pelos deputados na Assembleia da República, mas que a grande maioria vota contra qualquer proposta de resolução. “Este problema não afecta só as pessoas do concelho da Chamusca. Afecta todo o distrito de Santarém. Há dezenas de empresas e centenas de pessoas que sofrem constrangimentos diários por causa dos problemas de circulação que aqui sofrem”, sublinha, acrescentando que existe também algum “comodismo” do poder local da Chamusca para lutar contra o problema e defender o interesse das populações.
Sobre a actuação do município perante este problema, Tiago Prestes (PSD/CDS) diz que há inércia e falta de intervenção dos autarcas junto de quem decide. “Cada vez mais a Chamusca não conta para ninguém, seja no que diz respeito à saúde, às acessibilidades, entre outros problemas. Estamos cada vez mais isolados, parados e desertificados”, vinca.
Os responsáveis pelo movimento que promoveu a iniciativa também defendem que a travessia não corresponde às necessidades de mobilidade das populações e às actividades económicas dos concelhos limítrofes (Chamusca, Golegã, Torres Novas, Entroncamento) e do distrito de Santarém. “Torna-se imperativa a construção de uma ponte alternativa e a conclusão do troço do IC3, ligando a A13, no concelho de Almeirim, à A23 e à A13, em Vila Nova da Barquinha que ligue as margens do Tejo nos concelhos da Chamusca e da Golegã”, referem.
Quase todas as semanas os constrangimentos na Ponte Dr. João Joaquim Isidro dos Reis, vulgo Ponte da Chamusca, obrigam os utilizadores a esperarem horas nas filas, alguns em cima do tabuleiro, para que o trânsito volte a circular de forma regular. O principal problema surge quando dois veículos pesados se encontram a meio da travessia, obrigando a GNR a ir ao local para fazer as manobras.

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