Sociedade | 15-03-2023 18:00

Município estuda solução para as lamas mal cheirosas da ETAR de Alcanena

Resíduos depositados na Estação de Tratamento de Águas e Resíduos de Alcanena são fonte de maus cheiros que têm motivado queixas da população. O encaminhamento das lamas para um Centro Integrado de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos está a ser ponderada.

A Câmara de Alcanena está a estudar a hipótese de transportar as lamas da ETAR (Estação de Tratamento de Águas e Resíduos) de Alcanena para um CIRVER (Centro Integrado de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos) no Eco Parque do Relvão, no concelho da Chamusca. O objectivo é eliminar os maus cheiros causados por esses resíduos. O assunto foi abordado na última sessão da Assembleia Municipal de Alcanena e o vereador Nuno Dias (PSD/CDS/MPT), que tem o pelouro do Ambiente e preside ao conselho de administração da empresa municipal Aquanena, explicou que esta é uma das hipóteses em cima da mesa para resolver um problema que se arrasta há anos.
O presidente do município, Rui Anastácio (PSD/CDS/MPT), referiu que os maus cheiros estão relacionados com o aterro das lamas existentes na ETAR da Aquanena. “Sempre que existem mudanças bruscas de temperatura os cheiros notam-se mais. Estamos a selar os tanques de homogeneização para que os cheiros desapareçam”, destacou o autarca. Esta opção está a ser avaliada em termos técnicos e financeiros para se perceber se é viável avançar com o projecto. “É uma solução que tem custos para os industriais dos curtumes e também para os munícipes, mas mais importante é a qualidade de vida dos cidadãos”, reforçou Rui Anastácio.
Recorde-se que os maus cheiros em Alcanena regressaram à ordem do dia nos últimos tempos. Em sessão camarária de Fevereiro a vereadora da oposição na Câmara de Alcanena, Lucília Lopes (PS), queixou-se da situação. “Há muito tempo que não notava o cheiro a entranhar-se e ficar dentro de casa, além dos estores que ficam pretos de um momento para o outro. Até as plantas ficam queimadas mas não é do frio, é dos químicos e cheiros tóxicos. A situação intensificou-se nos últimos tempos”, afirmou a autarca que mora perto do centro de Alcanena.
O vereador Nuno Dias explicou que a empresa municipal Aquanena está a intensificar a fiscalização às empresas. “Estamos a fiscalizar sobretudo ao início da manhã e ao final da tarde porque é quando temos temperaturas mais baixas. Este problema pode estar relacionado com as mudanças de temperatura repentinas. Vamos controlar o que se passa porque não queremos que os maus cheiros regressem ao concelho como acontecia há uns anos”, garantiu o vereador.
Em Novembro do ano passado o presidente do município garantiu que a autarquia iria ser implacável com as empresas que não cumpram as regras estabelecidas e provoquem maus cheiros no concelho.

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