Banda da Carregueira precisa de apoio para resolver problemas estruturais na sede
Sede da Banda Filarmónica Carregueirense “Victória”, no concelho da Chamusca, tem graves problemas estruturais e precisa de mais de 200 mil euros para colocar em prática um projecto de requalificação das instalações. O espaço está fechado porque há risco do telhado desabar.
As instalações onde a Banda Filarmónica Carregueirense “Victória” tem a sede desde a sua fundação, em 1930, estão degradadas e o espaço foi fechado uma vez que há fortes probabilidades do telhado abater. Hélder Silva, presidente da associação, uma das mais antigas do concelho da Chamusca, explica que os problemas estruturais existem há mais de uma década e que são necessárias intervenções de fundo para os resolver.
O maior problema prende-se com o telhado que está partido em várias zonas. O dirigente explica que em dias de chuva não há muita diferença entre estar na rua ou na sede da colectividade. “Chove como se estivéssemos na rua. Fica tudo inundado. Temos feito o possível para ir mantendo a sede a funcionar realizando várias manutenções, mas desta vez fomos obrigados a fechar por uma questão de segurança”, afirma a O MIRANTE Hélder Silva, acrescentando que a associação conseguiu arranjar verbas para arranjar o piso, o palco e requalificar algumas salas. “Temos feito o possível, mas não temos condições financeiras para uma obra desta dimensão”, vinca, referindo que actualmente a banda ensaia nas instalações de outra associação da Carregueira.
Hélder Silva, de 41 anos, presidente da colectividade há cerca de uma década, revela que vão realizar uma candidatura para realizar um projecto de cerca de 250 mil euros para colocar a sede com condições dignas. Para se candidatarem precisam de ter três orçamentos aprovados por parte das empresas construtoras. “Só nos falta um e estamos a ter muitas dificuldades porque não estamos a conseguir o interesse das empresas no nosso projecto”, lamenta.
Hélder Silva faz parte da Banda desde os 12 anos e confessa manter intacto o orgulho de pertencer a uma associação que é uma “verdadeira escola de vida”. Com um orçamento anual de 25 mil euros as despesas da colectividade incidem sobretudo no pessoal docente uma vez que têm uma escola de música. “Temos cinco professores e um maestro. Temos cerca de 40 elementos na banda e 30 na escola de música. Ainda temos uma banda juvenil e um grupo de animação de rua. Queremos continuar a fazer um trabalho em prol da comunidade, mas para isso precisamos de um espaço físico em condições”, sublinha, acrescentando que a Filarmónica Carregueirense é a única colectividade com instalações próprias na freguesia.