IL diz que há uma “decadência vertiginosa” do serviço no Hospital de VFX
Iniciativa Liberal propõe no Parlamento o regresso das parcerias público-privadas nos hospitais de VFX, Loures e Braga e considera que em Vila Franca de Xira a resposta degradou-se com a gestão pública.
Os deputados da bancada da Iniciativa Liberal (IL) no Parlamento apresentaram na última semana um projecto de resolução visando o regresso dos hospitais de Braga, Loures e Vila Franca de Xira ao modelo de gestão de Parceria Público-Privada (PPP). Defendem que o Estado não tem de ser dono de todas as entidades que prestem serviços públicos e que deve saber definir prioridades financeiras e políticas que garantam o acesso a serviços de saúde de qualidade aos utentes.
Os deputados criticam a “decadência vertiginosa” que se tem assistido no serviço do Hospital de VFX e nas unidades de Braga e Loures e consideram “inadmissível” o que tem acontecido. “De norte a sul do país existem relatos e dados sérios e muito preocupantes sobre a degradação da prestação de cuidados de saúde atempados aos cidadãos”, lê-se no projecto de resolução, que alerta para a situação que se vive em Vila Franca de Xira e que, no entender dos liberais, justifica a tomada de medidas urgentes.
Preocupações em visita ao HVFX
O coordenador local da IL em Vila Franca de Xira, Ricardo Afeteira Marques acompanhou o presidente do partido, Rui Rocha e a deputada Joana Cordeiro numa reunião com o conselho de administração do Hospital de VFX na última semana. Em comunicado, o partido explica ter saído preocupado da reunião. “O HVFX é um caso paradigmático de uma unidade que funcionava bem com uma gestão privada e agora com uma gestão pública está um caos”, lamentam.
Enquanto isso o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, já veio admitir o regresso do modelo de gestão público-privado mas apenas quando os actuais problemas estruturais estiverem resolvidos ou minorados. “Há problemas a resolver primeiro que não se compadecem com esperar dois anos pelo resultado de um concurso das PPP”, explicou. O ministro reagia às críticas do director executivo do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo, que lamentou que a transição do modelo privado para a esfera do Estado tenha sido inadequada e criando enormes sobressaltos.