Deputados socialistas muito preocupados com o estado da saúde em Vila Franca de Xira
Parlamentares do PS dizem que as respostas do sistema de saúde no concelho de Vila Franca de Xira atingiram o seu limite e vão pedir ao ministro da Saúde uma intervenção urgente. Maria da Luz Rosinha disse sair muito preocupada de reunião com o ACES.
Dar entrada nas urgências do Hospital de Vila Franca de Xira com um princípio de acidente vascular cerebral (AVC), esperar 16 horas para ser atendido e acabar por ir embora sem ter uma resposta não é aceitável e é preciso introduzir rápidas melhorias no funcionamento da rede de saúde no concelho. A convicção é de alguns deputados socialistas eleitos pelo círculo de Lisboa que estiveram reunidos na segunda-feira, 20 de Março, com a administração do hospital da cidade e a direcção executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Estuário do Tejo.
Aos jornalistas, no final da jornada de reuniões, a deputada Maria da Luz Rosinha, ex-presidente do município, admitiu que os centros de saúde estão a funcionar mal e a empurrar para o hospital demasiados utentes face às respostas que este consegue dar. A deputada confessou ainda ter saído muito preocupada da reunião tida com Sofia Theriaga, responsável do ACES, onde constatou a existência de milhares de utentes sem médico de família e nenhuma perspectiva de solução para o problema.
“Para situações de grande urgência e gravidade têm de ser tomadas medidas de grande importância. É preciso dar a atenção que os utentes merecem e não está a ser dada. É bom que a Administração Regional de Saúde se mobilize para, juntamente com os profissionais no terreno, encontrar soluções”, avisou Maria da Luz Rosinha.
A deputada socialista considerou que enviar um utente da Póvoa de Santa Iria ou Alenquer para ser atendido em Benavente “é uma má solução”, porque quem está doente precisa de uma resposta pronta e próxima. “Esta mensagem vai ser levada ao presidente da ARS e ao senhor ministro da Saúde”, prometeu, lembrando que estar em Lisboa “não significa não conhecer o problema” e que a situação atingiu o limite no concelho de VFX.
A ex-autarca confessou ter visto “exaustão” na equipa liderada por Sofia Theriaga. “Fiquei doente só de olhar para os dados que nos apresentaram. Andando de um lado para o outro nunca haverá solução”, criticou. Ainda assim, a deputada não exigiu a substituição de nenhum dos responsáveis com quem falou, nem do hospital nem do ACES. “Pretendemos que todos sejam proactivos, não que sejam substituídos. Porque ninguém pode ficar sem resposta”, concluiu.