Sociedade | 27-03-2023 21:00

Estacionamento anárquico dificulta vida a bombeiros e peões em Santarém

Estacionamento anárquico dificulta vida a bombeiros e peões em Santarém
A Rua Humberto Delgado tem habitualmente os passeios ocupados com carros estacionados

A Rua Humberto Delgado é apontada como exemplo de mau ordenamento de trânsito e estacionamento na cidade de Santarém com dezenas de carros estacionados em cima dos passeios. Mas há outras artérias da cidade com problemas semelhantes e recentemente um carro dos bombeiros ficou barrado devido a carros mal estacionados no centro histórico da cidade.

O estacionamento abusivo em cima dos passeios em Santarém é uma imagem de marca em várias ruas da cidade e causa transtornos a peões e automobilistas, condicionando até a resposta dos veículos de socorro de maiores dimensões. Foi o que aconteceu na noite de 10 de Março na Rua João Afonso, onde um veículo de combate a incêndios e socorro da Companhia de Sapadores Bombeiros de Santarém viu barrada a sua marcha devido a carros mal estacionados quando seguia em marcha de socorro. As ruas Teixeira Guedes e Guilherme de Azevedo são outros casos flagrantes no centro histórico.
O vereador da Câmara de Santarém com o pelouro do Trânsito, Diogo Gomes, lamenta a situação e acrescenta a O MIRANTE que os carros mal estacionados têm impedido com frequência a passagem dos camiões da recolha de lixo, em vários bairros da cidade criando constrangimentos nos circuitos de recolha e obrigando, inclusive, a mudar contentores de sítio. O autarca apela aos automobilistas para estacionarem os seus veículos em conformidade com o Código da Estrada e com civismo “evitando assim uma eventual tragédia que possa ocorrer pelo facto de os veículos de socorro não conseguirem passar em certas ruas da cidade devido ao estacionamento abusivo”.
O estacionamento em cima dos passeios é também o prato do dia na Rua Humberto Delgado, em Santarém, perturbando a circulação de peões e, por vezes, dificultando mesmo o acesso de alguns moradores às suas casas. Para pessoas com mobilidade reduzida a circulação é impossível nos passeios vendo-se obrigadas a circular na estrada. A rua é relativamente estreita e impede que o estacionamento nos dois sentidos seja feito na via porque isso impediria o cruzamento de dois veículos. O passeio acaba por ser a solução para deixar o carro quem ali estaciona.
O assunto foi trazido para a agenda política pelo PCP de Santarém, que refere que a Rua General Humberto Delgado, entre o Miradouro da Rafoa e o Bairro 16 de Março, num dos extremos do planalto escalabitano, “é estreita e impossibilita a circulação simultânea de dois veículos em sentidos opostos, agravado pelo facto de existirem constantemente carros estacionados no passeio”.
Os comunistas dizem que há relatos de moradores da rua a garantir que os veículos de socorro quando têm de passar pela Rua General Humberto Delgado ficam presos ou condicionados na sua marcha “pela confusão rodoviária existente”. A concelhia de Santarém do PCP exorta a Câmara de Santarém a encontrar uma solução com base em pareceres dos técnicos competentes.

Câmara e PSP a par da situação
O vereador do Trânsito diz a O MIRANTE que tem conhecimento do estacionamento abusivo na Rua General Humberto Delgado. Diogo Gomes refere que o edificado é antigo e foi construído numa altura em que havia menos veículos por família. E sublinha que existe sinalização de regulamentação de trânsito nomeadamente de proibição de estacionamento de um dos lados da via. Para evitar a colocação de pinos balizadores em todo o passeio do lado esquerdo da via a autarquia recomenda que os moradores e utilizadores da rua estacionem de forma regular nas ruas adjacentes ao antigo Bairro 16 de Março.
O Comando Distrital da PSP de Santarém também é conhecedor da situação, referindo que “muito pontualmente” chegam-lhe relatos de situações de constrangimento de trânsito na Rua General Humberto Delgado. “Não temos recebido queixas, nem de moradores nem por parte de entidades prestadoras de socorro, relativas a esta temática”, informa a PSP. Acrescenta que tanto esse arruamento como outras artérias da cidade, face às suas características, estão identificados como sensíveis e “sempre que possível” são alvo de fiscalização.

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