Sociedade | 28-03-2023 07:00

Encontro “As Escolas de Segunda Oportunidade em Portugal – Práticas e Desafios” em Tomar

Ministro da Educação, João Costa, participa na iniciativa que se realiza esta quarta-feira, 29 de Março.

O ministro da Educação, João Costa, participa no Encontro “As Escolas de Segunda Oportunidade em Portugal - Práticas e Desafios” que se realiza esta quarta-feira, 29 de Março, entre as 11h00 e as 17h00, no auditório da Escola Secundária com 3º Ciclo Jácome Ratton, do Agrupamento de Escolas Templários. Participam ainda deste encontro de reflexão o vice-presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão; a presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, Luísa Salgueiro; o administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, Guilherme d’Oliveira Martins; o presidente da Rede de Iniciativas e Escolas de Segunda Oportunidade, E2O Portugal, Luis Mesquita, e o director do Agrupamento de Escolas Templários, Paulo Macedo.

As Escolas de Segunda Oportunidade (E2O) são uma nova medida das políticas públicas de educação em Portugal. Criadas na Europa em 1995, com o Livro Branco “Ensinar e Aprender, Rumo à Sociedade Cognitiva”, rapidamente se difundiram em muitos países da Europa. Em Portugal, em 2008, abriu a Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos, que até 2019 foi a única escola portuguesa. O reconhecimento nacional e internacional do seu trabalho abriu caminho à abertura de novas escolas e, em 2019, à publicação de um diploma legal, o Despacho 6954/2019, que retirou da marginalidade as E2O, integrando-as nas políticas públicas de educação.

Os indicadores educativos em Portugal melhoraram muito nos últimos 15 anos quando este processo se iniciou, mas continua a haver muito trabalho para fazer! As baixas qualificações dos jovens portugueses continuam a ser um grave problema social em Portugal, colocando milhares de jovens em grave risco de exclusão social. Cerca de 1/4 dos jovens portugueses continuam a abandonar a escola sem completarem a sua formação secundária, como os sucessivos relatórios da OCDE dão conta, muitos sem completarem o 6º ou o 9º anos, o que constitui uma das maiores taxas de desqualificação de jovens da OCDE e da UE.

Estes baixos níveis de educação são uma das causas principais do desemprego jovem no nosso país, superior a 20%, o terceiro valor mais elevado na UE e de vulnerabilidade à pobreza, encontrando-se 1/3 dos jovens portugueses (30%) em risco de pobreza, o dobro da taxa europeia. Especialmente em tempos de crise económica e social, como a que vivemos, as baixas qualificações dos jovens têm um sério impacto na sua vida e na das suas famílias, afetando particularmente os jovens de grupos sociais mais vulneráveis.

Este é o campo de trabalho das E2O e uma responsabilidade social de todos os actores com competências em matéria de infância e juventude. A política e o sistema nacional de escolas de segunda oportunidade vivem hoje um momento de grande entusiasmo e mobilização. São hoje já sete as Escolas de Segunda Oportunidade em Portugal (Matosinhos, Valongo, Gaia, Samora Correia, Tomar, Sintra e Lisboa) promovidas por um conjunto de instituições como a AE2O em Matosinhos, o Centro Social de Ermesinde, o IDIS em Gaia, o Agrupamento de Escolas dos Templários em Tomar, a Fundação Padre Tobias, em Samora Correia, o IAC (Instituto de Apoio à Criança) em Lisboa e a Associação ES+ em Sintra.

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