Sociedade | 29-03-2023 18:00

Novo presidente da Junta de VFX assume política de continuidade na gestão da freguesia

Novo presidente da Junta de VFX assume política de continuidade na gestão da freguesia
Ricardo Carvalho é o novo presidente da Junta de Vila Franca de Xira

Com a renúncia de João Santos ficou nas mãos de Ricardo Carvalho a liderança da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira. Autarca promete empenho, trabalho e honestidade até ao final do mandato.

O novo presidente da Junta de Vila Franca de Xira, Ricardo Carvalho, 47 anos, diz que vai dar continuidade ao rumo que estava pensado pelo anterior presidente da autarquia, João Santos, que renunciou ao mandato juntamente com a sua número dois, Zilda Martins. A O MIRANTE, o autarca diz que o executivo continua a querer dar vida à cidade, melhorar a qualidade de vida dos moradores e manter as ruas limpas. “Queremos estar também ao lado da câmara nesta nova dinâmica que está a imprimir na cidade e continuar o trabalho que temos vindo a desenvolver”, explica.
Ricardo Carvalho é um homem que gosta de andar na rua e agora vai acumular essa responsabilidade de acompanhar os trabalhos no terreno com a parte institucional do cargo de presidente. “Os vilafranquenses podem esperar o que sempre dei, ou seja, trabalho, honestidade, trabalhar em equipa e com os nossos funcionários. Temos uma equipa extraordinária e os novos membros do executivo são pessoas muito dinâmicas e com ideias novas. Estamos em pleno para continuar a trabalhar”, assegura.
Na noite de 14 de Março foi realizada a assembleia de freguesia onde foi apresentado o pedido de renúncia do presidente da junta, que deu um murro na mesa e abandonou o cargo depois dos comunistas terem feito uma denúncia sobre alegadas irregularidades nos vencimentos que auferia acumulando o ordenado de presidente de junta com rendimentos obtidos enquanto professor do ensino superior. Um caso em que sempre alegou inocência e onde o Tribunal de Contas declarou não ter havido dano para o erário público.

Política “ordinária e mesquinha”
Na assembleia de freguesia a maior parte das bancadas apontou a mira à CDU. Rute Pato Ferreira, da coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), lamentou os “taticismos políticos e jogadas de secretaria” da CDU para derrubar o presidente de junta num processo que classificou de turbulento. “Nos últimos 20 anos a confiança dos que votaram no PS foi posta em causa por três vezes. Seja no executivo de Ricardo Viegas, José Fidalgo e agora João Santos. Houve uma força política que ganhou as eleições e deve liderar a freguesia até 2025”, considerou.
Já a bancada socialista, pela voz de Luís Carvalho, lembrou a coerência de João Santos e a legalidade da sua escolha com base em “documentos claros”. Lamentando a postura “dos mesmos do costume”, criticou que a bancada comunista tivesse esperado dois anos para fazer uma denúncia ao tribunal, “tentando com isso que o assunto se desenvolvesse a tempo de poder fazer sair a parangona” a tempo das últimas eleições.
Luís Carvalho acusou a CDU de produzir um comunicado que prejudicou a honra e o bom nome de João Santos, um documento “vil e rasteiro” digno de “política ordinária e mesquinha”. Para os socialistas, a CDU rejeitou princípios morais e éticos “com o pensamento que os fins justificam os meios”.
Na resposta, João Conceição, da CDU, considerou que a renúncia de João Santos foi o “epílogo de uma ilegalidade flagrante” e revelador do que disse ser o desprezo do PS pela lei e a população da freguesia chegando a classificar a gestão da junta de ruinosa. “O que está em causa é claro. São dezenas de milhares de euros que estavam a ir directos para o bolso do anterior presidente”, insistiu, defendendo que o eventual desconhecimento da lei não pode ser desculpa condenando a forma “arrogante e prepotente” com que João Santos “banalizou” os actos praticados.
Já Bruno Martins, independente, lamentou que tivessem ficado perguntas por responder e lamentou que o autarca tivesse saído sem as responder. “É a imagem que damos para os nossos fregueses do que é o nosso respeito pelo dinheiro que também é deles”, criticou.
Na sessão foram eleitos dois novos membros para compor a mesa do executivo, Mónica Ramos e Ana Rodrigues, com seis votos a favor, quatro contra e três abstenções. Tomaram posse na bancada do PS na assembleia de freguesia Miriam Chaparro e Pedro Lourenço. A eleição definitiva de um novo secretário para a mesa da assembleia de freguesia só terá lugar na próxima sessão.

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