Avô suspeito de matar neta em Vialonga fica em silêncio no primeiro interrogatório
O homem de 69 anos, indicado pelo homicídio da neta à facada, não quis prestar declarações no primeiro interrogatório judicial. Suspeito está detido num hospital prisional.
O homem de 69 anos indiciado pelo homicídio da neta de 7 anos, com quem habitava em Vialonga, remeteu-se ao silêncio durante o primeiro interrogatório judicial, em que lhe foi aplicada a medida de coacção de prisão preventiva, que está a cumprir no Hospital Prisional de Caxias. O Tribunal Judicial de Loures da Comarca de Lisboa Norte entendeu “estarem verificados os perigos de continuação da actividade criminosa e o perigo de perturbação grave da ordem e da tranquilidade pública”.
O caso ocorreu a 14 de Março. Lara foi morta à facada pelo avô e o alerta foi dado pela mãe, que tinha acabado de chegar a casa no bairro da Icesa, por volta das 04h00, onde coabitava com o seu pai e a filha. Quando os Bombeiros de Vialonga chegaram ao local a menina ainda apresentava sinais vitais. No entanto Lara acabou por não resistir aos ferimentos e o óbito foi declarado no local.
No dia 14 de Março a GNR divulgou que uma criança de 7 anos tinha sido morta durante a madrugada, com uma arma branca, pelo avô, com quem vivia na mesma casa em Vialonga, no concelho de Vila Franca de Xira. Na altura, a porta-voz da GNR, Mafalda Gomes de Almeida, referiu que a criança coabitava com o avô e a mãe não sendo conhecido qualquer “contexto de violência doméstica”.
Centenas de pessoas marcaram presença no funeral da criança, no dia 17 de Março. Entre balões brancos, caminharam atrás da carrinha funerária até ao cemitério de Vialonga. As justificações para o crime baseiam-se nas declarações da família do arguido. Segundo relatos do irmão do suspeito, este tinha receio que a filha levasse a neta Lara e fosse morar com a tia. No dia da tragédia o homem deixou duas cartas onde dizia que não aguentava ficar sem a neta. A criança não estava sinalizada e não há indícios da intervenção de terceiros no crime.