Sociedade | 03-04-2023 21:00

Governo tem dever moral de encontrar solução para problemas causados pelo Parque do Relvão

Governo tem dever moral de encontrar solução para problemas causados pelo Parque do Relvão
Anabela Freitas e Hugo Costa abriram as Jornadas Parlamentares do PS, em Tomar, onde pouco ou nada se falou sobre a região ribatejana

Jornadas Parlamentares do PS levaram a Tomar ministros, deputados e autarcas para debater futuro do partido e do país. Da região ribatejana pouco se falou, com excepção de Anabela Freitas e Hugo Costa, que colocaram o dedo na ferida em algumas questões.

Anabela Freitas e Hugo Costa, presidente da Câmara e Assembleia Municipal de Tomar, respectivamente, deram o tiro de partida das Jornadas Parlamentares do Partido Socialista (PS) onde pouco ou nada se falou da região ribatejana, embora os trabalhos se tenham realizado em Tomar. Os elogios prevaleceram sobre as críticas, mas os autarcas não deixaram de colocar o dedo na ferida em algumas questões. Hugo Costa, que também é deputado e presidente da distrital do PS, diz que o Governo tem o dever moral de encontrar uma solução para os problemas causados pelo Eco Parque do Relvão, situado no concelho da Chamusca. “A nível de infraestruturas temos vários desafios pela frente, mas o mais relevante é do IC3, que entre outros pontos dá acesso ao Eco Parque do Relvão. Não podemos permitir que o maior parque ambiental do país, onde são tratados resíduos perigosos, continue sem acessos, colocando em causa a segurança e a qualidade de vida das populações”, disse.
Hugo Costa relevou o facto do distrito de Santarém ter “uma particularidade única, dois institutos politécnicos (Tomar e Santarém), sublinhando que “a modernização da Linha do Norte continua a avançar e a ser prioritária” e “não esquecendo que foi nos últimos sete anos que as barreiras de Santarém tiveram investimento, assim como as oficinas do Entroncamento da CP, onde foi impedida a sua privatização e desmantelamento”. O autarca terminou a sua intervenção enaltecendo o facto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ser uma oportunidade para a região com os seus mais de 175 milhões de euros de investimento.
Autarcas colocados à parte
Anabela Freitas realizou um discurso curto e assertivo. Começou por afirmar que a criação da nova NUT II, que envolve as actuais comunidades intermunicipais da Lezíria do Tejo, Médio Tejo e Oeste, é uma ambição dos autarcas com décadas e que vai permitir criar política pública de proximidade para resolver alguns problemas que a região tem. “Há graves problemas de demografia, mas temos também o PIB (Produto Interno Bruto) a cair de forma acentuada”, disse.
Neste aspecto, a também presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo não compreende por que razão os autarcas da região não foram ouvidos em relação à instalação de novas empresas no território onde funcionava a central a carvão do Pego, em Abrantes. “Prestámos um serviço ao país quando o Governo encerrou a central, mas a política pública falha nos organismos intermédios. Foi criado o fundo da transição justa para equilibrar a perda da central do Pego. Um conjunto de empresas candidatou-se a instalar no território e todos os avisos de candidaturas foram abertos sem ouvir os autarcas. Os territórios são compostos por pessoas e os autarcas têm uma palavra a dizer”, concluiu.

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