Grupo de Dadores de Sangue de Vialonga são exemplo na região
Grupo de Dadores de Sangue de Vialonga celebrou o 46º aniversário com boas notícias: as dádivas não têm parado de aumentar e há cada vez mais jovens a dar sangue. Federação e Instituto Português do Sangue elogiaram dinâmica da colectividade de Vialonga.
O Grupo de Dadores de Sangue de Vialonga é um exemplo de dinamismo e altruísmo na região e nem durante os períodos mais complicados da pandemia baixou os braços para deixar de recolher sangue que era - e ainda é - preciso todos os dias nos hospitais. O elogio é do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e da Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES), cujos representantes marcaram presença no 46º aniversário da associação de Vialonga na tarde de sábado, 25 de Março.
A federação distinguiu o grupo de Vialonga com uma medalha de mérito pelo empenho que demonstraram durante a pandemia. “Um reconhecimento por nunca terem parado e terem estado sem receios na linha da frente a apoiar nas recolhas de sangue”, explicou o presidente da FEPODABES, Alberto Mota.
O aniversário dos Dadores de Sangue de Vialonga foi pautado por boas notícias: não só as recolhas têm aumentado todos os anos, situando-se entre as 350 e as 400, como há cada vez mais jovens a participar e a doar sangue pela primeira vez. Ainda não são os números ideais mas para os dirigentes do grupo representa, pelo menos já, uma ligeira subida.
“Já recuperámos os números pré-pandemia e muita gente tem aderido às dádivas. Ainda na última recolha tivemos 80 inscritos e 11 dadores pela primeira vez, muitos deles jovens, o que é um excelente sinal. Agora é preciso é que continuem a vir e a ajudar”, revela José Pires, presidente da associação, a O MIRANTE. O objectivo do grupo é continuar a chamar para si a comunidade jovem, até para que possam substituir quem já se eterniza no cargo, como é o caso de muitos dirigentes e do próprio José Pires. “Estou nisto há 15 anos e está na altura de vir gente nova”, apela.
O presidente da Junta de Vialonga, João Tremoço, agradeceu publicamente a solidariedade dos dadores, lembrando que doar sangue é um acto “de bom coração”. Já o presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, também ele dador de sangue, afirmou que “não poderia faltar” à cerimónia mesmo estando com a agenda sobrecarregada. “Dar sangue é dos actos cívicos mais generosos que existem. É dar um bocado de si para salvar quem precisa e aqui em Vialonga são o espelho de gente empenhada, generosa e carinhosa”, elogiou.
IPST regista subidas nos números
O IPST esteve presente na sessão solene do aniversário dos dadores de Vialonga e Ana Paula, em representação do conselho directivo do IPST, lembrou a “grande dinâmica” do Grupo de Dadores de Sangue de Vialonga que, apesar dos momentos difíceis da pandemia, nunca baixou os braços e permitiu que a dádiva de sangue continuasse. Todos os dias são necessárias 1.100 unidades de sangue nos hospitais pelo que a luta por manter em alta as reservas nacionais de sangue nunca pára. Ainda assim, a responsável diz que tem sido mantido um rumo positivo na recolha.
“Em 2020/2021, porque ainda estamos a fechar os dados de 2022, tivemos um acréscimo de 8% nas colheitas face ao ano anterior, passando para um rácio de 20 dadores por cada mil habitantes”, revelou. A responsável do IPST anunciou ainda que o número de novos dadores aumentou de 14 para 17%, qualquer coisa como 35 mil novos dadores. “É o sentido de missão dos dadores que permite que o nosso país continue a ser auto-suficiente em sangue”, agradeceu.