Presidente da Junta de Azambuja quer empresas a contribuir para reparação de estradas

André Salema diz que as empresas também contribuem para os danos nas vias e que não pode ser sempre o erário público a suportar os custos das obras de requalificação.
O presidente da Junta de Azambuja, André Salema, defendeu na última reunião ordinária do executivo da freguesia que as empresas que operam no concelho devem repartir com a câmara municipal os custos da reparação de estradas, nomeadamente das estradas municipais que servem aquela freguesia.
O autarca socialista começou por informar que transmitiu ao presidente do município de Azambuja, Silvino Lúcio, o seu desagrado relativamente à “postura” das empresas quando, por exemplo, colocam infraestruturas no subsolo que acabam por provocar danos no pavimento. A causa para o mau estado das vias no concelho e na freguesia, sublinhou, não se deve apenas à passagem de veículos pesados.
“Já está na altura de meter um dedo nesta ferida e chamar as empresas à discussão. Não tem que ser o erário público sistematicamente a pagar as reparações de outros ao longo do tempo”, disse André Salema, que também criticou a falta de fiscalização por parte dos serviços da câmara. A junta de freguesia já fez chegar ao município informação acerca das estradas que carecem de reparações, entre outras, nas localidades de Casais de Baixo, Casais dos Britos e Vale do Espingardeiro.
Obras na ferrovia como balanço para melhorar mobilidade
André Salema defendeu ainda que as obras que vão ocorrer na ferrovia no concelho para a passagem da nova linha da alta velocidade deviam ser entendidas como uma oportunidade para a melhoria da mobilidade rodoviária num território que “vive já completamente sufocado”, sendo servido apenas por duas estradas nacionais. Uma vez que “vão ter que ser feitas vias de apoio à construção destas infraestruturas”, o presidente de junta entende que poderiam, no futuro, ser convertidas em vias transitáveis e definitivas.