Gado bravo à solta continua a destruir culturas no concelho de Azambuja
Exploração de gado com mais de 300 animais continua a pôr em causa a segurança da população e a destruir áreas de cultivo em Manique e Vila Nova de S. Pedro. Problema arrasta-se há anos. Entidades demoram a tomar medidas.
Há mais de uma década que os pequenos agricultores da União de Freguesias de Manique do Intendente, Vila Nova de São Pedro e Maçussa se queixam de prejuízos nas suas culturas provocados pelo gado bravo de explorações da família Dama, mas apesar dos vários alertas às autoridades o problema continua por resolver. No dia 27 de Março mais de uma dezena de populares, a maior parte agricultores, fez ouvir as suas queixas numa reunião onde estiveram presentes responsáveis de entidades com meios para acabar com a exploração ilegal ou para obrigar os proprietários a iniciar um processo de legalização e investir em vedações adequadas.
“É um escândalo, não podemos aguentar mais uma situação destas”, disse Jorge Correia, relatando alguns exemplos como na noite em que 18 vacas bravas destruíram uma vinha ou quando provocaram um acidente rodoviário. “Vou plantar cinco hectares de vinha, toda a gente sabe a despesa que dá, para que destruam tudo numa noite?”, questionou, criticando depois a “inacção total” por parte das entidades competentes apesar de “as pessoas telefonarem para a GNR praticamente todos os dias”.