Cartaxo com uma aula fora da caixa no maior aquário móvel da Europa
Mais de 1.500 crianças e jovens do concelho do Cartaxo desfrutaram de uma aula diferente do habitual. O maior aquário móvel da Europa esteve quatro dias na cidade no âmbito do projecto “O fluviário vai à escola”.
Mais de 1.500 crianças e jovens do pré-escolar, primeiro e segundo ciclo das várias escolas do concelho participaram numa sessão lúdico-pedagógica que envolveu o maior aquário móvel da Europa, com 14 metros de comprimento, mais de 20 mil litros de água e mais de 10 espécies de peixes. O MIRANTE marcou presença na sessão de 31 de Março, que contou com mais de uma centena de alunos do quinto e sexto ano da Escola Básica do 2º e 3º Ciclo Marcelino Mesquita.
Carla Neves, coordenadora dos serviços de educação do município, afirmou que a autarquia tem apostado num registo informal, com aprendizagens e experiências ao ar livre, para motivar os alunos à aprendizagem: “este ano temos um projecto educativo com o tema da água. Têm sido realizadas aulas na natureza, nomeadamente na Palhota, como forma de consolidar os conhecimentos adquiridos em contexto de sala de aula”, referiu. Sobre o projecto do aquário, a coordenadora explicou que as crianças e os jovens aprenderam sobre os perigos da poluição nos rios, a importância da preservação das espécies para garantir a sustentabilidade dos recursos naturais, a fauna e flora aquáticas, o risco de espécies invasoras, entre outros temas, numa sessão pedagógica com linguagem adaptada aos diversos níveis de ensino. Seguiu-se uma experiência sensorial, onde os mais pequenos puderam sentir a textura das escamas e ficar a conhecer a anatomia de cada uma das espécies. No aquário foram observadas espécies como carpa koi, truta arco-íris, barbo comum e tenca.
“O fluviário vai à escola”
Alexandre Tomás, 25 anos, o monitor conhecido como “Lúcio Pimpão”, explicou a O MIRANTE que este é um projecto familiar com dois anos e meio, sendo o seu pai o director e gestor do projecto, integrado também pela mãe, Paula Tomás, e o irmão, Ricardo Tomás. A família dispõe de um fluviário físico perto da nascente do rio Alcoa, em Alcobaça. O projecto começou por percorrer a Europa até chegar a Portugal e em 2024 pretende levar a educação ambiental às ilhas. O monitor refere que o objectivo principal passa por proporcionar sorrisos às crianças, além da vertente de sensibilização.