Falta de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida nos Paços do Concelho de Tomar

Oposição PSD trouxe para cima da mesa a queixa de um munícipe que diz não conseguir assistir às reuniões de executivo por falta de acessibilidade no edifício. Vice-presidente da autarquia explica as razões para “fragilidades”.
Luís Francisco, vereador do Partido Social-Democrata (PSD) no executivo da Câmara Municipal de Tomar, levou para cima da mesa, em sessão camarária, um queixa de um munícipe que, nas redes sociais, afirmou não assistir às sessões por não existir acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida no edifício dos Paços do Concelho. O autarca sublinhou a importância de garantir a “igualdade de oportunidades e direitos” a todos os munícipes.
“Há poucos dias um dos nossos cidadãos lamentava nas redes sociais o facto de não ter acesso, face à sua mobilidade reduzida, ao salão nobre e não conseguir estar presente nas reuniões onde se decidem e se faz o avanço do município”, disse, pedindo para se arranjar uma alternativa para que todos possam “ter acesso e intervir no funcionamento dos órgãos do poder local”.
Hugo Cristóvão (PS), vice-presidente do município, afirmou ter noção que o edifício tem as suas características e “fragilidades, nomeadamente na questão da mobilidade”, recordando que o edifício é Património Nacional. “Existe um projecto elaborado, já desde o primeiro mandato desta governação, para fazer face a essas dificuldades, nomeadamente com a colocação de um elevador no interior do edifício, que permitisse o acesso ao primeiro e segundo piso da câmara”, explicou. No entanto, acrescentou, a autarquia não avançou com o projecto por várias razões: “existem condicionantes pelas quais não avançamos ainda, para além dos custos, que ainda são consideráveis, mas também porque a Direcção Geral de Património Cultural (DGPC) tem de dar parecer positivo, coisa que ainda não fez, e, segundo, temos de ter noção que ao colocar esse elevador vamos eliminar três gabinetes de trabalho, um em cada andar, e não temos muito espaço de trabalho”, referiu, salientando que estão a tentar dar melhores condições de trabalho dos funcionários, uma vez que alguns ainda “estão um pouco apertados” a trabalhar.
Hugo Cristóvão vincou que é difícil realizar obras em edifícios como o da câmara devido às exigências da DGPC e lembrou que quando foi construído o parque de estacionamento nas traseiras do edifício se poderia ter resolvido o problema de acesso.