Ex-funcionário da Câmara de Alpiarça sujeito a segundo funeral após ter sido recusado em Almeirim

Um mal-entendido fez com que o corpo tivesse que ter um segundo funeral depois de o que estava marcado para Almeirim ter sido proibido já com o corpo e os familiares no local. O defunto foi transportado para o cemitério de Alpiarça.
A Junta de Freguesia de Almeirim cancelou o funeral de um antigo funcionário da Câmara de Alpiarça quando este estava para começar já com o corpo e os familiares no local e a cova aberta.
O corpo de António Vicente Duarte, 74 anos, foi então transportado para o cemitério de Alpiarça, onde acabou por ser enterrado às 17h00, duas horas depois das cerimónias fúnebres previstas no cemitério de Almeirim.
Os familiares estavam indignados com a situação, que ocorreu esta segunda-feira, 10 de Abril, por ter sido autorizado o funeral e depois proibido à última hora.
O presidente da Junta de Almeirim, Joaquim Catalão, lamenta a situação e justifica que o regulamento não permite sepultar pessoas que não sejam da freguesia.
O autarca realça que todas as agências funerárias sabem as regras do cemitério, mas, diz, por vezes tentam fazer os funerais nos locais onde os familiares querem, realçando que a pessoa em causa não tinha qualquer ligação à cidade de Almeirim.
Joaquim Catalão, realçando que p cemitério já tem pouco espaço, lamenta que quem estava de serviço no fim-de-semana, quando foi solicitado o sepultamento, não se tenha apercebido de que o funeral não estava dentro do regulamento, o que só foi verificado pouco tempo antes.
O agente funerário, João Teodoro, contactado por O MIRANTE, justifica que solicitaram o funeral para o cemitério de Almeirim tendo em conta que a pessoa era natural de uma freguesia do concelho. Acrescenta ainda que esta foi a primeira vez que lhe aconteceu uma situação destas e disse esperar que tenham o mesmo procedimento com todas as agências funerárias.