Governo vai averiguar possível troca de sinos de igreja em Tomar por réplicas
Situação foi levantada durante a audição na Assembleia da República.
O Governo vai “averiguar” a alegada substituição por réplicas dos três sinos da torre da Igreja de São João Baptista, situada no centro de Tomar, denunciada esta quarta-feira no parlamento, afirmou a secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro.
Os sinos foram retirados no dia 23 de Fevereiro e recolocados um mês depois, no âmbito de obras de requalificação de todo o edifício, que têm decorrido ao longo dos últimos meses.
A secretária de Estado da Cultura referiu no parlamento, durante uma audição regimental do ministro da Cultura, que estas obras “são acompanhadas pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), mas não são obras da DGPC, nem das direções regionais de Cultura”.
“É uma obra da paróquia. No entanto, obviamente, é uma obra que é acompanhada e, portanto, iremos averiguar a situação que aqui foi reportada”, declarou.
Isabel Cordeiro respondia a questões do deputado Jorge Galveias, do Chega. De acordo com aquele deputado, “devido a determinadas alterações, suspeita-se que [os sinos] tenham sido substituídos por réplicas”.
Jorge Galveias apontou “as alterações às inscrições em Latim, a remoção das cintas em couro, e até o aspeto material [dos sinos]: parece ser mais de latão, que de bronze”.
De acordo com informação disponível no ‘site’ oficial da Câmara Municipal de Tomar, as obras da Igreja de São João Baptista foram assumidas por aquela autarquia num protocolo com a paróquia.
As “várias patologias em termos estruturais” do edifício, entre as quais infiltrações, estiveram na origem das “intervenções estruturais de fundo, bem como trabalhos de restauro, limpeza e conservação” que têm estado a decorrer.
Ainda segundo informação disponível no ‘site’ da autarquia, trata-se de “um templo de estilo gótico tardio que junta elementos do estilo manuelino e barroco”, que “foi elevado a Monumento Nacional em 1910”.