Inquilina queixa-se das más condições de apartamento arrendado pela Câmara de Santarém
Vereadora da Habitação da Câmara de Santarém diz que a autarquia está disponível para reparar anomalias em apartamento que arrendou para realojamentos e acrescenta que não foi possível realizar qualquer trabalho porque ninguém abriu a porta.
Ana Matos vive há cerca de nove anos num apartamento arrendado pela Câmara de Santarém para dar resposta a realojamentos de emergência decorrentes de calamidades ou de vistorias onde se verifica risco e insalubridade. Queixa-se que a fracção já estava em mau estado de conservação quando para lá foi viver com o filho - como tomadas e interruptores que não funcionam, fechaduras danificadas e estores avariados - e, há alguns meses, os canos da cozinha entupiram, o que a impede, por exemplo, de ligar as máquinas de lavar, pois se o fizer inunda a cozinha. A loiça é lavada em alguidares na casa-de-banho.
O apartamento localiza-se na Avenida Bernardo Santareno e ao longo dos tempos a inquilina e o filho foram reparando algumas anomalias, enquanto esperam pela resolução dos problemas mais complicados. A queixosa diz que já expôs diversas vezes o assunto à câmara - incluindo técnicos, vereadores e presidente - nos últimos anos. Ana Matos é reformada por invalidez e paga uma renda simbólica por ter parcos rendimentos, dizendo que não tem condições financeiras nem conhecimentos para fazer as reparações.
O MIRANTE contactou a Câmara de Santarém, tendo a vereadora Carmen Antunes, que tem o pelouro da Habitação, confirmado que a autarquia procedeu ao realojamento desse agregado familiar em Julho de 2014, por anteriormente viverem numa casa sem as mínimas condições. A autarca garante que o apartamento foi arrendado pela Câmara Municipal de Santarém “com boas condições de habitabilidade, como recurso para casos de emergência, calamidades e decorrentes de vistorias onde se verifica risco e insalubridade”.
A vereadora refere ainda que “a Câmara de Santarém já encetou diligências e esforços junto do agregado e sempre que faz deslocar uma equipa operacional ao local, nunca foi possível realizar qualquer trabalho por impossibilidade de acesso, ou seja, ninguém abre a porta”. Carmen Antunes acrescenta que têm “feito várias tentativas de contacto telefónico, sem sucesso, tendo recentemente sido enviado um oficio a solicitar que informe sobre datas e hora disponíveis para efectivar os trabalhos”.