Sociedade | 15-04-2023 10:00

Vila Franca de Xira apoia 121 associações com cerca de 700 mil euros

Vila Franca de Xira apoia 121 associações com cerca de 700 mil euros
A seguir ao apoio social o apoio à actividade física e desportiva é o que ocupa a maior fatia dos apoios concedidos pelo município

Na edição deste ano do Programa de Apoio ao Movimento Associativo vão ser apoiadas 121 associações, mais três que no ano anterior, num total de 717 mil euros. CDU acha que os apoios agora aprovados são pouco ambiciosos.

Este ano 121 associações do concelho de Vila Franca de Xira vão ser apoiadas na sua actividade regular pela câmara municipal com uma verba global de 717.450 euros, a mais alta dos últimos 13 anos. A proposta de atribuição dos apoios do Programa de Apoio ao Movimento Associativo (PAMA) para 2023 foi aprovada por maioria na última reunião de câmara com a abstenção da CDU. O documento contempla mais três associações este ano face ao programa de 2022, num total de 314 apoios específicos por área de actividade, mais 50 que no ano passado.
O apoio ao movimento associativo solidário é o que tem a maior fatia das verbas alocadas - 257.110 euros - destinado a associações que lidam com o apoio à infância e juventude, idosos, deficiência e saúde. O apoio à actividade física e desportiva é a área que se segue, com 238.215 euros. O PAMA contempla ainda 210.675 euros para actividades culturais, distribuídos por artes plásticas e visuais, bandas filarmónicas, grupos corais, de teatro, orquestras e coros juvenis, marchas populares, ranchos e artes plásticas.
Restam 7.660 euros para apoio a associações de pais e 3.790 euros para associações juvenis. “A revisão do PAMA permitiu que existisse maior divulgação dos apoios existentes junto das associações o que resultou num maior número de apoios face ao ano passado”, explica João Pedro Baião, vereador com o pelouro do associativismo.

CDU critica falta de ambição
Anabela Barata Gomes, vereadora da CDU, lamentou a falta de ambição da câmara no valor dos apoios concedidos, defendendo uma reflexão urgente da forma como os apoios são atribuídos e justificando a abstenção da sua bancada com a ideia de que o município poderia ir mais além. “Já exortámos por diversas vezes o PS a aprofundar os apoios e não ficar pela rama, indo de encontro aos problemas efectivos do movimento associativo do concelho, como a necessidade de garantir a utilização gratuita dos espaços escolares e municipais, a desburocratização dos procedimentos e as cedências de viaturas municipais, por exemplo”, frisou.
Já David Pato Ferreira, vereador da coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), notou o facto de algumas associações terem recebido menos verbas do que no ano passado e outras, como a Casa de São Pedro, nem sequer terem sido contempladas.
“Com o novo PAMA a forma de atribuição dos apoios é público. Maior transparência que a actual é impossível. A dinâmica do movimento associativo vai mudando de ano para ano e por isso é normal que nuns anos haja maiores apoios e noutros não”, explicou João Pedro Baião, vereador com o pelouro do desporto, lembrando que a Casa de São Pedro não recebeu apoios por não ter apresentado a sua candidatura.

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