Apoio a comerciantes afectados por obras em Azambuja em consulta pública
O município pretende dar um apoio até dois mil euros a quem comprove ter sofrido prejuízos com o corte do trânsito em várias ruas da vila, mas quer primeiro saber a posição da população.
A Câmara de Azambuja decidiu submeter a consulta pública, pelo prazo de 30 dias, o Regulamento do Fundo Financeiro de Apoio ao Comércio Local, enquadrado no Plano de Acção de Regeneração Urbana de Azambuja (PARU). O projecto prevê medidas excepcionais e temporárias para os comerciantes afectados pelas obras de reabilitação das ruas Engenheiro Moniz da Maia, Victor Córdon, Cândido Abreu, José Ramos Vides, e largos do Rossio e do município, entre outras. A autarquia prevê a atribuição de um apoio até dois mil euros aos que comprovem prejuízos.
O presidente do município, o socialista Silvino Lúcio, referiu que o projecto de regulamento contou com os contributos de todos os vereadores e que conseguiu “plasmar as questões levantadas por todos” com vista à mitigação dos impactos sofridos pelos comerciantes por causa do corte do trânsito naquelas ruas.
A vereadora do Chega, Inês Louro, embora tenha votado favoravelmente a proposta considerou que o documento “já estava vedado” à introdução de pretensões quando foram chamados a pronunciar-se. “O Chega nunca disse que os valores plasmados eram suficientes ou equitativos aos prejuízos dos comerciantes”, afirmou, defendendo que deveria haver uma “relação quase directa” entre os prejuízos apurados e o apoio financeiro a atribuir pela autarquia. O vereador do PSD, Rui Corça, alertou, por sua vez, para o caso dos comerciantes que abriram os seus negócios em data próxima ao início da empreitada e que, por esse motivo, podem não ter “histórico para demonstrar os prejuízos”. Uma situação que os socialistas garantiram que se encontra contemplada.
A requalificação das ruas onde está instalada boa parte do comércio da vila, recorde-se, causou quebras nas vendas a comerciantes que fizeram chegar o seu descontentamento e preocupação à câmara municipal. Depois de ouvir repetidas queixas a autarquia resolveu avançar com um regulamento para atenuar o prejuízo. As obras tiveram início em Janeiro de 2022 e continuam a decorrer, actualmente, na zona do Rossio e Rua José Ramos Vides.