Sociedade | 16-04-2023 18:00

Olga Patrício está presa em casa à espera de uma prescrição médica

Olga Patrício está presa em casa à espera de uma prescrição médica
Olga Patrício foi diagnosticada com Esclerose Lateral Amiotrófica há cerca de dois anos e meio

Olga Patrício foi diagnosticada com Esclerose Lateral Amiotrófica e os médicos disseram-lhe que necessitaria de uma cadeira de rodas eléctrica, mas até agora ainda não lhe entregaram nenhuma prescrição para pedir apoio da Segurança Social. Recentemente deixou de conseguir conduzir o seu automóvel o que a deixou “presa” em casa.

Olga Patrício, 45 anos, está desde Setembro do ano passado à espera da prescrição médica para ter acesso a uma cadeira de rodas eléctrica que seja comparticipada pela Segurança Social. Olga Patrício foi diagnosticada em 2021 com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) depois dos primeiros sintomas terem surgido um ano antes. A falta de força na perna direita e uma queda inesperada no quintal de casa, em Várzea Fresca, concelho de Salvaterra de Magos, foram os sinais de alerta. Na consulta no Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão os médicos garantiram-lhe que seria contactada por um técnico, que iria a sua casa para verem o que necessita para ter mais qualidade de vida. “Em Alcoitão disseram-me que me prescreveriam uma cadeira de rodas eléctrica e também que seria necessário um cadeirão eléctrico. Até hoje ainda estou à espera que me contactem. Sem a prescrição não posso pedir o apoio da Segurança Social para comparticipar a cadeira”, explica.
Nos últimos tempos deixou de ter força nas pernas para conduzir o automóvel e desde essa altura que não sai de casa. Os amigos aperceberam-se da situação e uniram-se para angariar dinheiro para comprar a cadeira de rodas eléctrica. No próximo domingo, 16 de Abril, realiza-se uma caminhada pela Várzea Fresca e o dinheiro angariado será para comprar o equipamento. São necessários cerca de três mil euros. Se sobrar dinheiro será para as terapias que Olga Patrício necessita.
Olga Patrício sempre foi uma mulher activa e trabalhava numa fábrica de componentes para automóveis no Porto Alto, concelho de Benavente. Um dos seus maiores prazeres era ir ao ginásio. Com a pandemia a fábrica encerrou e ficou desempregada. Meses depois surgiram os primeiros sintomas. Com dois filhos, de 14 e seis anos, vive com os pais que a ajudam. Os médicos demoraram quase um ano a dar-lhe o diagnóstico, mas Olga confessa que quando foi para a consulta médica já sabia o que tinha. “Os médicos foram afastando várias hipóteses e quando concluíram que seria algo neurológico percebi a doença que me seria diagnosticada. O meu avô também a teve”, conta. Apesar de preparada para o diagnóstico confessa que foi difícil ouvir que se é portador de uma doença degenerativa e incapacitante. “Foi como um soco no estômago porque não é fácil perceber que vou começar a perder faculdades e vou ficar dependente de terceiros sendo ainda tão nova. Não é fácil gerir tantas emoções”, garante. Olga Patrício desloca-se apoiada num andarilho e a cadeira de rodas eléctrica será para conseguir sair de casa e ter uma maior autonomia. A entrada de sua casa já foi adaptada com uma rampa para poder caminhar com maior facilidade.

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