Sociedade | 17-04-2023 10:00

Aumento de 31% da factura da água mobiliza munícipes de Tomar

Aumento de 31% da factura da água mobiliza munícipes de Tomar
Munícipe Nuno Henriques entregou na Câmara de Tomar abaixo-assinado com 800 assinaturas contra aumento da factura da água. fotoDR

Nuno Henriques foi à última reunião de executivo entregar um abaixo-assinado contra o aumento de 31% da factura da água no concelho de Tomar.

A contestação contra o aumento de 31% da factura da água no concelho de Tomar tem gerado revolta na população. O munícipe Nuno Henriques foi à última sessão camarária, que se realizou na segunda-feira, 3 de Abril, enquanto representante do movimento “Os mesmos de sempre a pagar”, entregar um abaixo-assinado com cerca de 800 assinaturas que tem como objectivo voltar atrás com o aumento. “Os bens e serviços essenciais estão cada vez mais caros ao contrário dos salários e pensões que são cada vez mais desvalorizados”, disse Nuno Henriques.
Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, mostrou-se solidária com a situação e esclareceu que a Tejo Ambiente, empresa intermunicipal que gere os sistemas de abastecimento de água em vários concelhos do Médio Tejo, compra a água mais cara e por isso também é obrigada a vendê-la mais cara ao consumidor final. Recorde-se que a Tejo Ambiente compra a água à EPAL e à Águas Vale do Tejo, três vezes mais cara do que compra a região de Lisboa, que é abastecida em parte pela Barragem de Castelo do Bode. Anabela Freitas refere que esta manifestação por parte dos munícipes pode ter consequências na luta com a entidade reguladora, a ERSAR, de modo a existir uma tarifa única nacional para a compra da água às entidades em alta. “Em Tomar compramos a água à mesma empresa que vende a Lisboa, mas a água vem toda daqui. Compramos a água que tem menos custo de transportes, mas compramos a 0,63 m3 e Lisboa compra a 0,28 m3”, explicou, acrescentando que “se as entidades em alta têm a sua eficiência no máximo podem baixar o preço da venda”, no entanto, “a entidade reguladora, infelizmente, fica sempre do lado do grupo Águas de Portugal”.
Na sua intervenção Anabela Freitas referiu ainda que, no orçamento deste ano, está previsto um apoio às famílias e IPSS’s do concelho de forma a colmatar o aumento do custo de vida.

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