Protocolo para atenuar a falta de médicos em Azambuja não ata nem desata
Cerci Flor da Vida garante há médicos disponíveis e que estão reunidas as condições para se avançar, mas dois meses depois continua tudo parado.
ARS diz que a minuta do acordo está em revisão e que não se pode comprometer com datas. Presidente da instituição teme que devido ao impasse os médicos desistam do projecto antes de arrancar.
O protocolo para a contratação de médicos a estabelecer entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e a Cerci Flor da Vida, que foi anunciado em Fevereiro tendo como objectivo garantir melhor acesso aos cuidados de saúde primários num concelho onde mais de 80% dos utentes não tem médico atribuído não ata nem desata. A instituição que presta apoio a pessoas com deficiência garante que tem reunidas as condições para poder avançar, já a ARSLVT diz que o documento ainda está em fase de revisão, não se comprometendo com uma data para a sua assinatura.
O presidente da instituição, José Manuel Franco, refere em declarações a O MIRANTE que “estão cumpridas as condições legais” para que o protocolo possa avançar, nomeadamente no que toca a haver médicos interessados em fazer parte do projecto, e lamenta que desde 27 de Fevereiro não tenha tido mais novidades por parte da ARSLVT, presidida por Luís Pisco. “Continuo à espera de saber se o protocolo é ou não para assinar. Por enquanto estamos disponíveis para o fazer e os médicos também”, disse.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo em resposta a O MIRANTE garante que está a trabalhar no protocolo de colaboração, cuja minuta está "ainda a ser revista pelas partes” e que não pode, por isso, comprometer-se com datas.
*Notícia desenvolvida na próxima edição semanal de O MIRANTE