Sociedade | 22-04-2023 12:00

Autarca de Santarém alerta para necessidade de recuperar o Tejo

Autarca de Santarém alerta para necessidade de recuperar o Tejo
Remoção de açude no rio Alviela, em Vaqueiros, concelho de Santarém, contou com a presença do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro

Ricardo Gonçalves aproveitou presença do ministro do Ambiente numa acção de remoção de um açude no rio Alviela para alertar para os problemas do rio Tejo.

O presidente da Câmara de Santarém aproveitou a presença do ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro, na acção de remoção de um açude no rio Alviela para alertar para os problemas do rio Tejo. “Estamos muito atrasados na recuperação do rio Tejo. Temos que olhar também para ele. Vê-se muita areia. Não se pode perder tempo porque há muito que o rio Tejo está em perigo assim como a biodiversidade, que é muito importante na nossa região e no nosso país”, alertou Ricardo Gonçalves.
Em relação à remoção do açude no rio Alviela, que decorreu em Vaqueiros, concelho de Santarém, o autarca defendeu a importância de sensibilizar as novas gerações para que todos percebam a importância que a água e os rios têm. A iniciativa decorreu no âmbito do projecto “Rios Livres” do GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente.
Ricardo Gonçalves recordou que o Alviela sempre teve muitos problemas mas, “felizmente”, as coisas melhoraram bastante. A Câmara de Santarém pretende requalificar todo o rio Alviela desde Vaqueiros até Pernes. “É um dos projectos mais importantes que vamos ter no nosso território”, defendeu.
A responsável pelo projecto “Rios Livres”, do GEOTA, Catarina Miranda, afirmou que se estima em cerca de 30 mil as barreiras à conectividade fluvial em Portugal, muitas delas obsoletas, apelando a que, a exemplo do que acontece noutros países da Europa e do mundo, Portugal inicie um programa de remoção de pequenos açudes a grandes barragens “que já não têm nenhum papel actual, nem económico, nem social, nem cultural”. Frisou que há espécies de peixes migradores em grande declínio e que há sedimentos que nunca chegam às áreas costeiras.
Pedro Teiga, projectista da remoção realizada em Vaqueiros, especificou que, além da eliminação da barreira, foi feito ao longo do troço do rio a estabilização das margens com técnicas de engenharia natural. O ministro do Ambiente realçou que o programa de recuperação da rede hidrográfica vai incluir um plano nacional de remoção de barreiras obsoletas nos rios portugueses, contando com a colaboração das ONG (Organizações Não Governamentais) na identificação das prioridades. Duarte Cordeiro salientou o facto desta ser uma iniciativa exclusivamente da sociedade civil, sem financiamento governamental.

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