Sociedade | 28-04-2023 10:56

Proximidade ao centro de Lisboa determinante na escolha do novo aeroporto

aeroporto

Na apresentação das opções possíveis foi sublinhado que a maioria dos utilizadores reside na zona de Lisboa. Média europeia de distância à capital é de 22 quilómetros. Solução dual, considerada menos eficiente e ambientalmente mais penalizadora

A comissão técnica que está a estudar a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa anunciou, na quinta-feira, nove opções possíveis para o novo aeroporto, que incluem as cinco definidas pelo Governo mais Portela+Alcochete, Portela+Pegões, Rio Frio+Poceirão e Pegões.

A lista de opções que passam às fases seguintes foi anunciada pela coordenadora-geral da Comissão Técnica Independente (CTI), Rosário Partidário, numa apresentação sobre os resultados das actividades desenvolvidas na primeira fase da Avaliação Ambiental

Estratégica sobre o aumento da capacidade aeroportuária para a região de Lisboa.

Rosário Partidário explicou que às cinco opções avançadas pelo Governo (Portela+Montijo; Montijo+Portela; Alcochete; Portela +Santarém; Santarém) foram adicionadas as opções: Portela+Alcochete; Pegões; Portela+Pegões; e Rio Frio+Poceirão, totalizando sete localizações e nove opções estratégicas.

As cinco opções propostas pelo Governo têm de ser necessariamente avaliadas pela CTI, pelo que além destas estavam em cima da mesa as opções Beja, Monte Real (Leiria), Portela + Alcochete e Alverca+ Portela, às quais foram acrescentadas oito opções adicionadas no portal AeroParticipa (Apostiça, Évora, Ota, Pegões-Vendas Novas, Poceirão, Rio Frio, Sintra e Tancos).

Desta lista, com base em dez critérios técnico-científicos, passaram à lista final de soluções possíveis as opções: Aeroporto Humberto Delgado+Alcochete, Aeroporto Humberto Delgado+Pegões, Pegões e Rio Frio+Poceirão. As opções Portela+Alcochete e Portela+Pegões serão estudadas como solução final, mas também consideradas “apenas eventualmente como opção em transição”.

A lista da CTI resulta da aplicação de dez critérios de viabilidade técnico-científica, sendo a proximidade de distância ao centro de Lisboa (média europeia de 22 km), ser dotada ou não de infra-estrutura rodoviária e ferroviária existente ou planeada e ter uma área de expansão (mínimo 1.000 ha).

Dos critérios fizeram ainda parte a capacidade de movimentos/hora, ter conflitos com espaço aéreo militar e em caso positivo ser resolúvel, maior ou menores riscos naturais (inundáveis, sísmicos), a estimativa de população afectada, as áreas naturais e corredores migratórios, a importância estratégica para a Força Aérea e a existência de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Declaração do Impacto Ambiental (DIA).

Durante a apresentação foi defendido que uma solução dual, com duas infra-estruturas, implicará uma duplicação de custos para os operadores e nos cenários já estudados será uma solução temporária até à construção de um novo aeroporto de raiz. Também do ponto de vista ambiental, uma solução dual teria consequências mais negativas.

Foi explicado também, nomeadamente por Fernando Alexandre, da Universidade do Minho, que um aeroporto não vive por si, tendo que ser integrado numa visão estratégica para o país e para a Lisboa, que pode tornar-se na segunda área estrela da Península Ibérica, a par com Madrid.

Segundo o coordenador temático para a economia, o aeroporto de Lisboa é um dos que mais cresce na Europa, servindo agora 175 aeroportos em 65 países. Para o economista, seria estranho que Portugal não crescesse por causa do constrangimento de conetividade, lembrando que o turismo representa 18% das exportações e a aviação comercial tem ganho peso nas exportações de mercadorias.

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