Sociedade | 29-04-2023 15:00

Festival de Balonismo pôs Coruche a olhar para o céu

Festival de Balonismo pôs Coruche a olhar para o céu
Festival internacional juntou balonistas de vários países em Coruche

Coruche voltou a ser palco de mais uma edição do Festival Internacional de Balonismo. Pelo céu voaram balões de Espanha, Lituânia, Brasil, França e Portugal. A organização diz que o evento tem margem para crescer e quer trazer em 2024 cerca de quatro dezenas de balões de vários pontos do mundo.

O céu ficou mais colorido em Coruche durante três dias. Do parque do Sorraia descolaram, de 22 a 24 de Abril, os balões de ar quente que participaram na sexta edição do Festival Internacional de Balonismo. O MIRANTE embarcou na primeira viagem de balão do festival, dia 22. O relógio marcava 06h30 quando os balonistas começaram a montar o equipamento de voo. Por volta das 08h30 os balões iniciaram a subida, um de cada vez. O nevoeiro matinal não impediu a descolagem dos balões provenientes de Espanha, Lituânia, Brasil, França e Portugal.
A pairar por cima das nuvens, o balão é aquecido consoante o peso dos ocupantes e a temperatura do ar, como uma balança de ar quente. O piloto começa a subir e escolhe os ventos mais favoráveis para o arranque e para as manobras. O sol espreitou mais tarde, já sobre a paisagem do montado de sobro. A comandar o balão de ar quente, no qual viajou O MIRANTE, estava um piloto lituano que através de GPS monitorizou o percurso do balão e observou onde podia aterrar com segurança. O cesto do balão, com capacidade para transportar nove passageiros, aterrou num caminho em terra batida, propriedade privada perto da freguesia da Azervadinha.
O balonista Guido Santos, que diz ser metade português e outra metade holandês, é um dos mentores do festival, que organiza em parceria com a Câmara de Coruche. A paixão pelos balões herdou-a do pai que diz ter sido um dos mentores do balonismo moderno. A primeira vez que voou de balão foi em 1986 e uma década depois começou a fazê-lo sozinho. Desde 2002 que tem uma empresa que organiza voos comerciais e está na actividade a 100%.
Por cima das nuvens, dentro do cesto do balão, Guido Santos conta que em Portugal existem apenas 16 pilotos com carta. Na Holanda são 1500 e em França 1200. “Em Portugal ainda está tudo em sapatos de criança mas temos condições muito boas para os voos. Vai agora ser criado um manual de instrução em português para ser mais fácil o estudo”. O preço de um balão varia entre os 85 mil euros, caso transporte cerca de nove pessoas, ou 250 mil euros se levar 34 passageiros. A manutenção, se for bem feita, pode levar um balão a fazer mil voos até ter que ser substituído algum equipamento.
Guido Santos está confiante no crescimento do festival em 2024. Espera contar com 40 balões de todos os continentes a sobrevoar Coruche. Segundo o balonista, o Parque do Sorraia, em conjunto com outro terreno na proximidade, tem capacidade para albergar um festival maior.

Esquerda para a Direita: Matilde Dias, Valentina Victória, Matilde Silva, Lara Pinto, Rita Silva, Júlia Victória e Catarina Carvalho

O primeiro voo nunca se esquece

Lara Pinto voou pela primeira vez de balão mais as filhas Matilde Silva, de 17 anos, e Rita Silva, de 14 anos. Foram convidadas por Júlia Victória, que andou de balão pela primeira vez com apenas um ano de idade, tendo em conta que os pais são balonistas. Agora, Júlia vai tirar a carta de balão para poder ter a actividade de balonismo como passatempo. Já Matilde Silva ambiciona saltar de pára-quedas mas resolveu testar antes a sensação da altitude com o voo de balão.

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