Escola de Vialonga já tem candidatura para obras no valor de onze milhões
Câmara de Vila Franca de Xira apresentou no final de Março a candidatura para poder ser dona da obra e reabilitar a Escola Básica dos 2º e 3º ciclos de Vialonga, sendo depois ressarcida do investimento pela administração central. Se tudo correr como planeado, pode haver luz verde depois do Verão para trabalhos que custarão 11 milhões de euros.
Deu entrada no final de Março na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo a candidatura apresentada pela Câmara de Vila Franca de Xira visando a concretização de obras urgentes na Escola Básica dos 2º e 3º ciclos de Vialonga. A novidade foi deixada a O MIRANTE pelo presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, que revela pela primeira vez a intenção de a câmara ser a dona da obra, avançando com trabalhos de 11 milhões de euros sendo posteriormente ressarcida desse investimento pelo Governo.
A intenção é resolver, de uma vez por todas, o problema de uma escola que está num estado lastimoso há mais de duas décadas. “Conseguimos que a escola ficasse integrada nas 13 prioridades de escolas nacionais a serem intervencionadas. Isso foi uma conquista porque veio permitir que fosse integrada numa candidatura específica para reabilitação a que a câmara já se candidatou. Estamos a aguardar o resultado dessa candidatura para sermos os donos da obra”, revela Fernando Paulo Ferreira.
A expectativa do autarca é ter a obra pronta até ao final do mandato e admite que já sopram ventos da CCDR garantindo que o resultado da candidatura poderá ter luz verde até ao final do Verão. “Depois é avançar com os processos normais de contratação pública. Se a câmara conseguir que nos aprovem a candidatura teremos a certeza que a obra se faz”, explica.
Autarca solidário com queixas os pais
O autarca está solidário com as queixas dos pais e diz não ser aceitável que uma escola esteja nessas condições há mais de duas décadas. “Por isso é que a câmara, ainda no mandato anterior, decidiu fazer o projecto de reabilitação daquela escola”, diz. Quando questionado sobre o facto da comissão de pais desconhecer o projecto, o autarca confessa-se surpreendido: “É estranho porque o projecto foi entregue à escola em suporte informático e em papel e foi inclusive discutido com a anterior direcção e a Direcção Geral dos Estabelecimentos Escolares, que foi quem definiu o programa funcional da reabilitação”.
Salas de estudo em quantidade insuficiente, casas-de-banho com loiças partidas e sem portas, rede de Internet fraca demais para as necessidades e contentores provisórios onde já chove no interior são alguns dos problemas sentidos na escola. Isto além da degradação de todo o espaço. Uma escola onde, dizem os pais, “parece que rebentou uma bomba”, pelo menos a julgar pelos 76 vidros e estores partidos que um recente levantamento identificou.