Sociedade | 02-05-2023 21:00

Cordão humano com três mil alunos em defesa do rio Nabão

Cordão humano com três mil alunos em defesa do rio Nabão
Cordão humano realizado em Tomar para alertar para os crimes ambientais que ocorrem há várias décadas no rio Nabão

Cordão humano em defesa do rio Nabão juntou cerca de três mil alunos e procurou alertar para os crimes ambientais que acontecem no rio há várias décadas e cujos infractores têm saído impunes.

O cordão humano que se realizou em Tomar para alertar para os crimes ambientais que ocorrem há várias décadas no rio Nabão é a prova de que também se podem defender causas em clima de festa. Mais de três mil alunos, autarcas e dirigentes associativos do concelho juntaram-se para “Abraçar o Rio”, numa iniciativa organizada pelo Rotary Club de Tomar Cidade, em parceria com o município e com o Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria.
Os alunos vestiram camisolas brancas alusivas ao evento e, através de cartazes com mensagens de luta e esperança, não se cansaram de gritar em defesa de um recurso que, consideram, deve ser preservado e tratado com a importância que merece uma vez que o rio Nabão atravessa a cidade e é uma das suas grandes referências e atracções turísticas.
José Mendes, coordenador do Rotary Club de Tomar Cidade, explica que o projecto tem cerca de três anos e que o principal objectivo da iniciativa é sensibilizar alunos, pais e autarquias para defenderem o rio. “Cinco municípios, 14 juntas de freguesia, quatro clubes de Rotary e vários agrupamentos de escolas têm estado envolvidos no projecto” conta a O MIRANTE, acrescentando que a experiência tem sido “fantástica”. No futuro está previsto criar-se um website acerca do rio e sinalética ao longo do percurso ribeirinho para assinalar espaços de lazer e bem-estar.
Anabela Freitas (PS), presidente do município, destacou a importância que os jovens têm para o futuro do planeta e que é muito importante investir na sua formação, sublinhando que “não há planeta B”. Em declarações a O MIRANTE refere que os crimes ambientais de que o Nabão tem sido alvo nas últimas décadas são algo que a deixam bastante preocupada e a levam a apelar a todos os cidadãos que denunciem sempre que presenciem um crime. “A passividade com que estes crimes ambientais são tratados acaba por deixar que as empresas saiam impunes e que os continuem a cometer sem sofrer as devidas consequências”, vinca. A autarca explicou que em Dezembro do ano passado foi realizada uma acção por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e, vários meses depois, ainda não se sabe o resultado da operação. “Se nós não sabemos as empresas também não sabem e, portanto, continuam a poluir impunemente”, afirma a O MIRANTE.

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