Sociedade | 02-05-2023 18:00

Mais uma tentativa para resolver falta de médicos em Ourém

Mais uma tentativa para resolver falta de médicos em Ourém
No concelho de Ourém mais de 15 mil utentes não tem médico de família atribuído

A Câmara de Ourém vai comparticipar consultas para utentes sem médico de família, no âmbito de um acordo de cooperação com a União das Misericórdias Portuguesas e a Administração Regional de Saúde, no projecto “Bata Branca”.

Para fazer face à falta de médicos de família no concelho de Ourém, Luís Albuquerque, presidente do município, apresentou um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia de Fátima que vai permitir implementar o projecto “Bata Branca”. A medida prevê que a autarquia comparticipe consultas para utentes sem médico de família, no âmbito de um acordo de cooperação com a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e que envolve a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo. De acordo com o autarca, a comparticipação é de 27 euros/hora por 60 horas semanais a médicos que estejam reformados ou que trabalhem no privado, sem qualquer ligação ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). O protocolo do município com a Misericórdia de Fátima vai permitir acrescentar, aos 27 euros que a ARS paga aos médicos, 15 euros/hora, anunciou Luís Albuquerque.
O presidente da câmara adiantou que cabe à Misericórdia de Fátima “contratar médicos para preencher as 60 horas” semanais, referindo que a iniciativa deverá entrar em vigor em Maio deste ano, desde que haja médicos disponíveis. “Neste momento já temos asseguradas 35 horas. Ficam-nos a faltar ainda 25 horas por semana”, esclareceu, acrescentando que as consultas serão feitas nas unidades de saúde, onde os médicos “irão ter acesso ao sistema informático do SNS”.
A medida, aprovada no dia 17 de Abril, em reunião do executivo municipal, não invalida outras, como a atribuição de apoios para a fixação de médicos de família, para mitigar a falta destes profissionais no concelho. A proposta de incentivos, recorde-se, prevê a atribuição até 600 euros mensais para os médicos que cumpram os requisitos exigidos. “É um esforço grande que estamos a fazer numa área que, volto a dizer, não é da competência do município, mas para a qual, obviamente, estamos muito preocupados, porque a situação que existe hoje é grave, é complicada”, afirmou o autarca.
Reiterando que é mais um esforço para “tentar minorar a situação”, Luís Albuquerque reconheceu tratar-se de uma solução paliativa, uma vez que o problema só se resolve “com a colocação de médicos de família no concelho de Ourém”. O concelho tem perto de 45 mil habitantes, sendo que mais de 15 mil não têm médico de família.

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