Paula Menino recupera de cirurgia onde foi removido tumor no pâncreas
Operação decorreu a 27 de Abril na Fundação Champalimaud. Antiga lojista de Santarém vai ficar internada durante 12 dias em vigilância. Após a alta hospitalar, Paula Menino será acompanhada para vigiar a sua situação clínica.
Paula Menino está a recuperar da cirurgia a que foi submetida na Fundação Champalimaud, em Lisboa, para remoção do tumor no pâncreas contra o qual luta desde 2021. A antiga lojista de Santarém foi operada a 27 de Abril e a cirurgia demorou cerca de quatro horas e meia. Segundo uma amiga muito próxima, Paula Menino está a recuperar bem e vai ficar internada em vigilância no centro clínico da fundação durante 12 dias. Após a alta hospitalar será acompanhada com regularidade para vigiar a situação clínica.
Em Agosto de 2021 foi diagnosticada com cancro no pâncreas, a mesma doença que vitimou o seu pai há cerca de oito anos. Os primeiros sintomas que sentiu foram diarreias. Como na altura tinha muito trabalho adiou a ida ao médico para fazer exames. Demorou cerca de dois meses e foi nessa altura que surgiram os olhos amarelos. Ficou assustada porque percebeu que poderia ter a mesma doença do pai. Quando a médica lhe deu o diagnóstico ficou sem chão.
“Nunca pensei que uma doença destas me fosse apanhar. Ainda por cima cancro no pâncreas, todos ouvimos coisas péssimas sobre o tumor e a sua fatalidade. Foi difícil aceitar a doença”, confessou Paula Menino, explicando que colocou uma prótese no canal da bílis, que normalmente entope com a doença, para não ter o tom de pele amarelado, característico da doença.
O cancro foi detectado numa fase inicial, mas o primeiro tratamento de quimioterapia não fez efeito. O segundo tratamento já baixou os valores tumorais. No entanto, a médica que a acompanha no SNS disse que a operação não era viável. Foi na Fundação Champalimaud que Paula Menino encontrou esperança com um médico que lhe disse que a consegue operar. Para isso teve de fazer outro ciclo de quimioterapia que lhe reduziu o tamanho do tumor. “O médico explicou-me que durante a operação retiram parte do pâncreas, onde está o tumor, e fazem logo a biópsia. O resultado é imediato e se for necessário retiram o órgão por completo. Caso isso aconteça tenho que fazer insulina todos os dias para o resto da vida, mas fico livre do cancro”, dizia, antes da operação, com um sorriso de esperança.
O único entrave era o preço da cirurgia, cerca de 22.500 euros, que a parca reforma não lhe permitia pagar. No entanto, amigos e a comunidade de Santarém, e também da região, uniram-se e conseguiram obter o dinheiro necessário para a operação.