Sociedade | 14-05-2023 18:00

Jovens de Vila Franca de Xira preocupados com falta de obras nas escolas

Jovens de Vila Franca de Xira preocupados com falta de obras nas escolas
Jovens de VFX voltaram a pedir obras urgentes nas escolas do concelho. FOTO CMVFX

Estudantes foram eleitos da Assembleia Municipal Jovem por um dia e pediram à Câmara de Vila Franca de Xira que olhe com maior atenção para a necessidade de obras nas escolas secundárias que estão em mau estado. Um apelo que se tem arrastado no tempo mas ainda sem soluções à vista para todos.

Escolas com telheiros de fibrocimento contendo amianto, falta de salas de aula em quantidade suficiente e zonas exteriores degradadas e sem capacidade para acolher todos os alunos foram o principal alerta deixado por duas dezenas de estudantes do concelho na última Assembleia Municipal Jovem que se realizou no sábado, 7 de Maio, em Vila Franca de Xira.
O principal alerta veio da Escola Soeiro Pereira Gomes de Alhandra, que lembrou que há 12 anos que se pede uma intervenção de melhoria naquele estabelecimento de ensino. “É pertinente a inclusão da requalificação da escola na agenda da autarquia”, pediram os estudantes lembrando a necessidade de construir um novo bloco de salas de aula que inclua um auditório que dê condições para receber com dignidade projectos e iniciativas. Também os telheiros danificados e estreitos que nos dias de chuva não chegam para abrigar todos os alunos foram motivo de queixa.
Os estudantes da Escola Pedro Jacques Magalhães, de Alverca, questionaram a câmara por que motivo demoram tanto tempo a realizar as reparações nos estabelecimentos escolares e os alunos da Escola Básica do Bom Sucesso, em Alverca, também pediram obras de melhoria, já que a escola, dizem, “está mal tratada”.
O presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, garantiu aos alunos que a melhoria dos estabelecimentos escolares tem sido uma preocupação da câmara mas avisou que a competência da autarquia apenas se centra no pré-escolar e 1º ciclo. “Têm sido essas as grandes obras que temos feito e temos conseguido estabelecer alguns protocolos com o ministério para melhorar algumas EB 2,3”, explicou.
O autarca garantiu que há várias escolas consideradas prioritárias para serem intervencionadas e que à cabeça está a EB 2,3 de Vialonga cujo protocolo já está assinado para uma obra de 11 milhões. Fernando Paulo Ferreira lembrou que o dinheiro é finito mas garantiu que nenhuma das outras escolas está esquecida: Secundária Alves Redol - que disse ter “problemas infraestruturais” conhecidos - a Escola Soeiro Pereira Gomes, em Alhandra, e a Aristides Sousa Mendes, na Póvoa de Santa Iria. “Acredito que vamos poder fazer algumas melhorias em breve. A contratação pública traz-nos dificuldades, temos para as EB2,3 e secundárias uma verba muito pequena para reabilitações e garantimos que pelo menos essa verba é aplicada, embora acabemos por gastar mais do que recebemos”, confessou.
Os jovens aproveitaram também para questionar o executivo sobre a construção de um novo campo sintético para o Alhandra Sporting Club, a recuperação do teatro Salvador Marques, deslocar o estacionamento de bicicletas para dentro dos recintos escolares, a falta de mais skateparques e que medidas têm sido implementadas pela câmara para melhorar a saúde mental dos jovens.

Promover a cidadania

Estiveram representados nesta edição da AM Jovem os Agrupamentos de Escolas de Alhandra; Sobralinho e São João dos Montes; Secundária Alves Redol; Escola D. António Ataíde da Castanheira; Escola Básica do Bom Sucesso e Pedro Jacques Magalhães ambas de Alverca; Escola Reynaldo dos Santos e Escola Profissional de Hotelaria e Turismo de Lisboa, ambas da Póvoa de Santa Iria. Teodoro Roque, presidente da assembleia municipal em substituição, considerou o projecto relevante para a promoção da cidadania activa entre os jovens e como forma de terem uma melhor percepção da realidade do seu concelho.

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