Sociedade | 20-05-2023 12:00

Obras no complexo social da Casa dos Beirões paradas por falta de dinheiro

Obras no complexo social da Casa dos Beirões paradas por falta de dinheiro
O director distrital da Segurança Social, Renato Bento, ladeado pelo presidente da direcção da Associação Casa dos Beirões no Ribatejo, Dionísio Abreu de Campos (à esquerda), e pelo presidente da União de Freguesia da Cidade de Santarém, Diamantino Duarte (à direita)

A Associação Casa dos Beirões no Ribatejo iniciou a construção de um edifício para lar de idosos e centro de dia sem ter financiamento garantido. Os milhões do Plano de Recuperação e Resiliência podem ser a solução para desatar o nó e concluir as obras paradas há alguns anos.

A construção do complexo social da Associação Casa dos Beirões no Ribatejo (ACBR) começou em 2018, e está parada devido a falta de dinheiro. As duas candidaturas a programas de fundos comunitários feitas pela instituição não foram aprovadas e a situação tem-se arrastado. Na tarde de 10 de Maio, alguns dirigentes da ACBR promoveram uma visita à obra, na zona das Fontainhas, arredores de Santarém, para a qual convidaram o director distrital da Segurança Social, Renato Bento, e também os presidentes da União de Freguesia da Cidade de Santarém, Diamantino Duarte, e da União de Freguesias de Romeira e Várzea, Artur Colaço.
O objectivo foi sensibilizar essas entidades para o impasse que se vive. Para concluir os trabalhos são necessários mais cerca de dois milhões de euros, sendo que a associação, que tem o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) tem já aprovado financiamento bancário na ordem dos 500 mil euros para garantir a sua comparticipação. Os milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) podem ser a solução para assegurar o financiamento que falta e o director distrital da Segurança Social recomendou que a candidatura seja devidamente elaborada, defendendo que já que a obra começou deve ser acabada.
Renato Bento referiu que actualmente há no distrito de Santarém 64 projectos de investimento em equipamentos sociais em curso. “Nunca tivemos tantos projectos a decorrer com apoio público ao mesmo tempo”, afirmou o responsável da Segurança Social, referindo que a candidatura da associação ao Programa Pares, da Segurança Social, não foi aprovada por conter erros grosseiros. A segunda candidatura, já a fundos do PRR, não entrou na dotação existente. Provavelmente haverá ainda novo aviso para candidaturas ao PRR para equipamentos sociais a que a ACBR poderá concorrer. E pode ser que à terceira seja de vez. “Espero que da próxima oportunidade possam fazer uma boa candidatura, bem elaborada e fundamentada, com todos os elementos necessários”.
A dimensão do esqueleto de tijolo e betão do futuro complexo social da Casa dos Beirões no Ribatejo dá nas vistas a quem passa nas imediações. A associação, que conta com cerca de mil sócios pagantes, já ali investiu cerca de meio milhão de euros. O projecto prevê as valências de lar, centro de dia, centro de convívio e apoio domiciliário. Os trabalhos já realizados estão pagos e a intenção agora é acabar o que resta de uma vez.

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