Sociedade | 21-05-2023 12:00

Obras na Cerci de Azambuja decorrem a bom ritmo

Obras na Cerci de Azambuja decorrem a bom ritmo
As obras do Complexo Social e de Saúde Quinta das Rosas, em Azambuja, foram visitadas pela Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR

O Complexo Social e de Saúde da Cerci Flor da Vida, de Azambuja, custa cinco milhões de euros e tem apoio financeiro de cerca de dois milhões de euros. As obras decorrem a bom ritmo e foram visitadas pela Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR. A instituição espera conseguir financiamento para a estrutura residencial para pessoas idosas.

Seguem a bom ritmo as obras de construção do Complexo Social e de Saúde Quinta das Rosas, um projecto da Cerci Flor da Vida, cooperativa que presta apoio a pessoas com deficiência, sediada em Azambuja. A instituição conseguiu financiamento através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), da Segurança Social. A empreitada foi visitada no dia 9 de Maio pelo presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento (CNA) do PRR, Pedro Dominguinhos.
A infraestrutura contempla a implementação de 90 camas, capacidade de resposta para 140 utentes e criação de mais 76 postos de trabalho. Do complexo farão parte um lar residencial para 30 utentes, uma estrutura residencial para pessoas idosas com grandes dependências (30 camas), um centro de actividades e capacitação para a inclusão (30 utentes), serviço de apoio domiciliário para pessoas com deficiência (50 utentes) e clínica de saúde e exames de diagnóstico complementares. Da equipa de 76 colaboradores, 40% serão técnicos superiores, sete enfermeiros e dois médicos.
O futuro complexo custa cinco milhões de euros e tem apoio de um milhão e 600 mil euros, a que se junta a comparticipação de 350 mil euros da Câmara de Azambuja. A estrutura residencial para pessoas idosas não tem financiamento e, por isso, até lá a Cerci vai recorrer à banca. “Se tenho decidido fazer este projecto em 2020 tinha gasto três milhões e meio de euros. Agora com financiamento vou acabar por ter de pagar o mesmo valor. Ou seja, o equipamento já podia estar a funcionar e tínhamos recorrido à banca”, desabafa o presidente da direcção da Cerci Flor da Vida, José Manuel Franco.
Pedro Dominguinhos diz que o Governo está a negociar com a comissão europeia o reforço de verbas para projectos já aprovados sobretudo por causa do aumento dos custos de construção. O presidente da CNA diz ainda que em cima da mesa está a possibilidade de estender os prazos intermédios de construção. O Complexo Social e de Saúde Quinta das Rosas tem um prazo de execução de 540 dias e a obra arrancou em Abril.
Dia 23 de Maio o presidente da CNA vai reunir com os autarcas da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo onde será feito o balanço das obras financiadas pelo PRR nos municípios de Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém.

Tiago Simões e Pedro Almeida apelam ao cumprimento dos prazos de pagamento por parte da ARS e IHRU

Construção debate-se com falta de mão-de-obra

O director de produção da empresa de construção Ecoedifica, Tiago Simões, refere que a escassez de mão-de-obra é um problema real com que as empresas do ramo se deparam actualmente. Muitos trabalhadores estrangeiros que são admitidos nas empresas não são especializados, a que se junta a dificuldade em falar português.
A Ecoedifica tem 95% de obras públicas incluindo o complexo social da Cerci de Azambuja. Tiago Simões sublinha que os municípios da região pagam a tempo e horas, mas o mesmo não se passa com algumas entidades públicas. É o caso da Administração Regional de Saúde que ainda não pagou 800 mil euros já vencidos da construção do Centro de Saúde da Chamusca. Da parte do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) a empresa já conta com três facturas em atraso. “É importante os empreiteiros serem pagos a tempo e horas para evitar derrapagem de prazos. Se recebermos atempadamente mais rapidamente conseguimos executar”, sublinha Tiago Simões a O MIRANTE.

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