Sociedade | 23-05-2023 18:00

Presidente da junta diz que socialistas da Chamusca continuam a boicotar o seu trabalho

Presidente da junta diz que socialistas da Chamusca continuam a boicotar o seu trabalho
Rui Martinho, presidente da União das Freguesias da Chamusca e Pinheiro Grande, diz que o executivo socialista da câmara recusa as suas propostas por jogo político

Rui Martinho aproveitou a reunião com autarcas da União das Freguesias da Chamusca e Pinheiro Grande para enumerar algumas propostas que os socialistas no executivo municipal rejeitaram e que, na sua opinião, eram importantes para o bem-estar da população.

O facto da União de Freguesias da Chamusca e Pinheiro Grande ser a única do concelho que não é governada pelo Partido Socialista continua a ser a principal razão para maioria socialista no executivo do município, presidido por Paulo Queimado, continuar a boicotar o trabalho da junta. A opinião é de Rui Martinho, presidente da união de freguesias, que na última assembleia de freguesia, de 27 de Abril, partilhou as várias propostas que tem realizado ao longo dos anos e que não merecem a atenção do executivo em permanência da câmara. Recorde-se que Rui Martinho já utilizou algumas reuniões com os autarcas da freguesia para lamentar o facto de Paulo Queimado e a sua equipa continuarem a “bloquear sistematicamente a sua intervenção” com o único propósito de fazerem “jogo político”.
Na última sessão o autarca enumerou várias propostas que o executivo camarário ignorou, nomeadamente a requalificação do Porto das Mulheres e do Porto do Carvão, situados na zona ribeirinha da vila, a criação de novos espaços verdes e de lazer na Chamusca e no Pinheiro Grande, actividades de animação e apoio à família nas duas localidades, transporte de crianças do Pinheiro Grande para a sede de concelho. Rui Martinho referiu ainda que recentemente esteve mais de três meses à espera para reunir com os autarcas socialistas. “Depois de meses à espera, ignoraram tudo o que andamos a propor há anos. Desde 2013 que defendemos a requalificação de estradas nas duas localidades, apoios para associações, entre outras medidas que achamos necessárias para o desenvolvimento do território. Disseram-nos que estão a avaliar, a analisar, mas nunca recebemos respostas”, lamentou.

O fim do Orçamento Participativo
Uma outra situação que esteve em debate na reunião foi o fim do Orçamento Participativo da junta, que foi implementado pela primeira vez em 2022 e garantia um apoio até cinco mil euros para o projecto vencedor. “Ganhou um projecto para construir um minicampo de jogos na zona da Horta das Freiras. O município, depois de muita confusão sobre a posse do terreno, disse que já tinha um projecto para lá e ficámos impedidos de desenvolver o projecto vencedor por não termos terrenos nossos. Já passaram vários meses e ainda estamos para saber o que vai lá ser feito”.

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