Ginecologista e mulher condenados em Abrantes
Médico criou uma empresa de prestação de serviços, registou a mulher como utente grávida sem o estar e emitiu nove baixas médicas falsas. Receberam quase 100 mil€.
O médico entrou através das senhas de dois colegas no sistema informático do hospital, registou a mulher como utente grávida sem o estar e emitiu nove baixas médicas falsas por gravidez de risco. Com isto receberam quase 100 mil euros, mas devolveram o dinheiro quando o caso foi descoberto. O médico mostrou--se arrependido e envergonhado e disse ter agido por ganância.
Um ex-ginecologista do Hospital de Abrantes, que simulou uma gravidez de risco da sua mulher para obter subsídios da Segurança Social, foi condenado a dois anos e oito meses de prisão com pena suspensa por igual período. A mulher também foi condenada por crime de burla tributária em dois anos e dois meses de prisão, também suspensa na execução pelo mesmo período. Os dois estavam acusados de mais crimes pelo Ministério Público, de falsificação ou contrafacção de documento e de acesso ilegítimo, mas beneficiaram do facto de terem devolvido o que receberam indevidamente e de, no início do julgamento, terem chegado a acordo de indemnização de dois colegas médicos que foram usados no esquema sem saber.