Sociedade | 28-05-2023 18:00

Em Vila Franca de Xira ensina-se a navegar na Internet em segurança

Em Vila Franca de Xira ensina-se a navegar na Internet em segurança
Sara Timóteo é um dos rostos responsáveis por ensinar a trabalhar com as novas tecnologias na Fábrica das Palavras

Apresentar as novas tecnologias como um potencial aliado é um dos objectivos da iniciativa de iniciação às tecnologias de informação e comunicação promovida pela Câmara de Vila Franca de Xira na Fábrica das Palavras. O Dia Mundial da Internet celebrou-se a 17 de Maio.

As preocupações com a cibersegurança e compreender até que ponto as mensagens que recebemos ou os sites que visitamos são legítimos são dos temas mais solicitados pelos participantes nas acções de iniciação às tecnologias de informação e comunicação, promovida na Fábrica das Palavras pelo município de Vila Franca de Xira. Uma vez por semestre, Sara Timóteo e a sua equipa ajudam as pessoas a descobrir mais sobre os computadores, a aprender a navegar na Internet ou até como usar os seus telemóveis e tablets de forma eficaz, produtiva e segura. O projecto é aberto a toda a comunidade mas focado sobretudo no público sénior e em quem se encontra entre empregos.
Não cair no conto digital do vigário é uma das maiores preocupações dos participantes. “Muita gente quer perceber até que ponto as mensagens recebidas são legítimas, se podem confiar num contacto que recebem do Whatsapp ou Messenger por exemplo”, explica. Para Sara Timóteo, há sempre dois lados da Internet. “Agora vivemos um grande debate sobre a inteligência artificial. Entendo que são tecnologias que servem para fomentar a independência e autonomia, independentemente do uso que é dado a essas ferramentas. É por isso que, aqui, tentamos incutir pensamento crítico”, defende.
Nas acções há de tudo: desde quem tenha um grande domínio na área digital até quem não saiba, sequer, ligar um computador ou trabalhar com o telemóvel. “A capacitação que aqui damos é feita não a partir de um programa que achamos que pode ser útil para as pessoas mas sim numa conversa com todas as pessoas da turma que nos dizem o que gostavam de saber”, explica Sara Timóteo a O MIRANTE.
Ao longo de dez sessões os participantes ficam a saber como navegar na Internet de forma autónoma e a serem independentes na sua relação com as novas tecnologias. O limite máximo são dez participantes por sessão, número condicionado aos computadores existentes. Muitos participantes optam por levar o seu próprio equipamento para se familiarizarem com o seu funcionamento.
O Dia Mundial da Internet celebrou-se a 17 de Maio. “Aqui ensinamos a compreender a lógica das páginas, saber que existe sempre um mapa e um mecanismo de pesquisa e apresentar a tecnologia não como algo assustador que nos pode fazer mal mas sim como potencial aliado”, explica a responsável. Certificar-se que a página em que navega é segura (geralmente assinalada com um cadeado no écrã), se o que se procura vem de fonte fidedigna e ter cuidado em não aceitar todos os cookies propostos são algumas das recomendações deixadas por Sara Timóteo para uma navegação segura.

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