Sociedade | 28-05-2023 21:00

Mulheres do Carvalhal uniram-se para travar abate de árvore icónica

Mulheres do Carvalhal uniram-se para travar abate de árvore icónica
Cinco mulheres do Carvalhal, concelho de Abrantes, juntaram-se em protesto junto a um eucalipto para que não seja demolido. Foto CMA

Eucalipto do Carvalhal é considerado pela população como um ícone daquela freguesia do concelho de Abrantes. Decisão de abate deveu-se a avaliação que concluiu haver risco elevado de queda, mas no final da acção acabou por ficar o tronco permitindo que possa voltar a rebentar.

Cinco mulheres da freguesia do Carvalhal, concelho de Abrantes, juntaram-se em protesto junto a um eucalipto, considerado pela população e junta de freguesia como um ícone e parte integrante do património local, que estava prestes a ser abatido por decisão da câmara municipal. No dia marcado para o abate as mulheres não arredaram pé e tentando fazer valer o seu ponto de vista pediram que os ramos da árvore fossem sendo cortados à medida que se avaliava se o risco ia diminuindo.
O eucalipto acabou por não ser abatido tendo-se optado pelo desbaste da copa e do eixo principal, o que vai permitir que se possa formar uma nova copa. “Valeu a pena a nossa intervenção para que o nosso ícone não deixasse de existir de vez”, afirmou Vitalina Jorge nas suas redes sociais, onde foi publicando os desenvolvimentos da acção realizada a 11 de Maio.
A Câmara de Abrantes justificou que o eucalipto apresentava risco elevado de queda, o que a verificar-se poderia por em causa a segurança de pessoas, animais e bens. A autarquia, liderada por Manuel Valamatos, refere ainda que a árvore foi alvo de uma análise fitossanitária e de um relatório técnico de inspecção de diagnóstico avançado, efectuado por uma empresa especializada, após munícipes terem alertado para a queda de ramos de alguma dimensão para a via pública.
A árvore, assim como a parcela de terreno, tinha sido doada há vários anos à Junta de Freguesia de Carvalhal por uma família que pediu que o eucalipto, que tem mais de 50 anos, fosse cuidado e mantido naquele local. Após ter tomado conhecimento da decisão a própria junta de freguesia, através de um comunicado, refere-se ao eucalipto como sendo um “marco histórico” da localidade e uma “referência icónica que tem acompanhado gerações”. No entanto, a junta de freguesia entendeu a medida como necessária após ter sido feita uma segunda avaliação que apontava para risco máximo de queda.

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