Novo concurso para obras na sede do Rancho de Benavente não resultou
Só uma empresa se mostrou interessada na empreitada de reabilitação do edifício sede do Rancho Típico Saia Rodada, em Benavente, mas com uma proposta muito acima do valor base. A colectividade lamenta a situação e quer uma alternativa.
Pela segunda vez não houve propostas consideradas válidas no concurso público lançado pela Câmara de Benavente para as obras de reabilitação do edifício sede do Rancho Típico Saia Rodada, em Benavente. Em reunião de câmara foi decidida a não adjudicação da obra pela CDU e pelo PS, com abstenção do PSD e Chega. Agora o município vai alterar o projecto e rever os valores da empreitada para lançar o terceiro procedimento concursal. O processo já tinha sido revisto porque no lançamento do primeiro concurso nenhuma empresa se mostrou interessada em fazer a obra pelo valor base estipulado.
Quatro empresas consultaram a plataforma, neste segundo concurso, para saber os valores previstos para a empreitada. Uma das interessadas apresentou uma proposta com o metro quadrado a valer três mil euros, sendo que o valor base do concurso era de 1.700 euros por metro quadrado.
Em declarações a O MIRANTE, a vice-presidente do Rancho Típico Saia Rodada, Zulmira Ganhão, diz que a situação ultrapassou todos os limites. A sede da colectividade está cada vez mais degradada e proliferam os ratos. A responsável considera que os valores pedidos pelas empresas de construção são exorbitantes mas alguma coisa tem de ser feita. A Câmara de Benavente não tem nenhum espaço para o rancho poder ensaiar, excepto o Centro Cultural de Benavente. Para o rancho esta não é uma alternativa viável porque acarreta despesas acrescidas e porque o espaço serve vários eventos de todo o movimento associativo da freguesia. “Só nós é que não temos um espaço para as crianças poderem ensaiar e fazermos os nossos eventos para angariar verbas. A câmara tem de fazer alguma coisa”, sublinha Zulmira Ganhão.