Sociedade | 29-05-2023 07:00

Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes é museu português do ano

Equipa que trabalha no MIAA é composta por 15 pessoas distribuídas por diversos departamentos
Equipa que trabalha no MIAA é composta por 15 pessoas distribuídas por diversos departamentos

Prémio Museu do Ano 2023, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia ao museu de Abrantes, foi justificado pela junção entre o património cultural arqueológico e a requalificação de um edifício histórico.

O Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA) foi distinguido com o Prémio Museu do Ano 2023, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM). O galardão foi anunciado numa cerimónia realizada no Museu do Ar, em Pero Pinheiro, concelho de Sintra, com a presença de dezenas de profissionais do sector dos museus e museologia, nomeadamente a presidente do Conselho Internacional de Museus (ICOM, na sigla em inglês), Emma Nardi. O principal prémio do palmarés com 25 categorias tinha também como finalista o Museu do Caramulo, no concelho de Tondela, distrito de Viseu, que recebeu uma menção honrosa, indicou a APOM.

O Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA) foi inaugurado a 8 de Dezembro de 2021, ocupando parte significativa do antigo Convento de S. Domingos, num edifício do século XVI. Ali foram concentrados os acervos de arqueologia e arte do município de Abrantes e da Colecção Estrada, bem como a obra da pintora Maria Lucília Moita, que têm vindo a ser alvo de exposições.

Para a concretização do museu - que revisita culturas e civilizações através de artefactos e obras de arte da pré-História à atualidade - foi realizado um projecto de reabilitação do edifício pelo arquitecto João Luís Carrilho da Graça. As exposições permanentes estão organizadas em oito núcleos: “Escultura Romana”, “Pré-História”, “Idades do Bronze e do Ferro”, “Antiguidade”, “Tesouro”, “Arte da Idade Média e Idade Moderna”, “Escultura da Idade Média e do Renascimento em Abrantes”, e “Pintura de Maria Lucília Moita” (1928-2011), artista que fixou residência em Abrantes, em 1954.

Além deste acervo, o MIAA contém a Colecção Estrada, com 1500 peças de arqueologia e arte, cedida à autarquia pelo coleccionador João Estrada (1923-2018). O projecto de museologia é de Luiz Oosterbeek e Fernando António Batista Pereira, concebido em parceria com o Serviço de Património e Museus do Município de Abrantes, segundo informação constante do sítio 'online' do MIAA.

O presidente da APOM, João Neto, indicou à agência Lusa que o júri, composto pelos membros dos órgãos sociais da associação, recebeu este ano cerca de 200 projectos candidatos aos prémios, provenientes de todo o país. Sobre a justificação da escolha do MIAA para Museu do Ano, disse que esteve relacionada com "a junção entre o património cultural arqueológico e a requalificação de um edifício histórico, tornando-o um projecto de grande qualidade na área da recuperação territorial, que muito dignifica o país".

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