Utentes voltam a denunciar mau funcionamento da USF de Castanheira do Ribatejo
A Comissão de Utentes da Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras manifesta preocupação porque em breve vai sair mais um médico. Os utentes queixam--se da dificuldade em conseguir consulta porque as vagas ficam logo preenchidas.
A Comissão de Utentes de Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras lamenta as dificuldades na marcação de consultas. Para além da falta de médicos de família os utentes queixam-se que as vagas que existem são logo preenchidas. “Se telefonarmos às 08h00 já não há consultas”, garante o porta-voz da comissão, Pedro Gago. As reclamações foram relatadas a O MIRANTE pelos utentes que estiveram em vigília à porta do centro de Saúde da Castanheira na sexta-feira, 12 de Maio.
Os últimos números oficiais davam conta de 6.458 pessoas sem médico de família atribuído na USF da Castanheira. Ao serviço estão três médicos mas, segundo a comissão, no mês de Junho devem passar a dois porque um vai reformar-se. Os utentes exigem mais médicos de família. Quem não tem clínico atribuído tem de tentar a sorte no Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria ou no Serviço de Atendimento Complementar de Benavente.
Pedro Gago relata que alguns utentes mais idosos de Castanheira do Ribatejo vão para a Póvoa de Santa Iria e ao fim de quatro ou cinco horas não conseguem consulta. Carlos Bernardes e a esposa, residentes na Castanheira do Ribatejo, não têm médico. Renovam as receitas na USF mas consultas só as de especialidade no Hospital de Vila Franca de Xira. Também Alberto Carvalho Louro, residente na vila há 47 anos, deixou de ter médico desde Dezembro de 2022. Se quiser ser visto tem de ir ao Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria.
Na mesma situação está o casal José e Ana Oliveira. Quando necessitam recorrem ao hospital. De baixa por doença oncológica há cinco anos Ana Oliveira pede a renovação da baixa na USF da Castanheira e três dias depois tem de levantar o documento.
O MIRANTE contactou a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo para esclarecer a situação mas não obteve resposta até ao fecho desta edição.