Sempre que chove com intensidade há inundações em bairro do Porto Alto
Chuva intensa trouxe ao de cima problema antigo com o escoamento insuficiente das águas pluviais. Estradas ficaram alagadas e a água que sai dos esgotos provoca cheiros nauseabundos.
A chuva intensa causou o caos no Bairro Primeiro de Maio e na Rua Branquinho da Fonseca, no Porto Alto, concelho de Benavente, no final da semana passada, levando os moradores ao desespero com a água a ameaçar inundar as suas habitações e a impedir o acesso a quintais. A precipitação intensa que caiu em dois dias, embora num curto espaço de tempo, trouxe ao de cima o problema do deficiente escoamento de águas que, segundo dizem, acontece sempre que ocorrem chuvas fortes.
A residir há décadas no Bairro Primeiro de Maio Natália Bucachar é uma das moradoras que se queixa a O MIRANTE da situação, que “ocorre todos os anos” devido à falta de sarjetas e a possíveis entupimentos nas redes de águas pluviais e domésticas. “Praticamente não há sarjetas e as poucas que há estão entupidas. Isto acontece todos os anos quando chove e não há quem resolva o problema”, afirma a moradora que se viu impossibilitada de aceder ao quintal devido à inundação.
Após o período de maior precipitação, quando a água escoou por completo ao fim de algumas horas, a estrada ficou coberta de lamas, areias, gravilha e resíduos domésticos. “As pessoas põem de tudo pela sanita abaixo. Pelo que apareceu na estrada nota-se que há falta de higiene e de civismo”, lamenta ao nosso jornal o morador na Rua Branquinho da Fonseca, Joaquim Madruga. Outro dos problemas, acrescenta Marcial Gafaniz, residente no bairro, prende-se com o facto de a água sair em força dos esgotos deixando as ruas com um cheiro nauseabundo.
Contactado por O MIRANTE, o presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho, garante que a situação vai ser avaliada pelos serviços municipais “para se perceber o que é que pode estar a acontecer” para impedir o normal escoamento das águas pluviais. O autarca referiu ainda que a empresa Águas do Ribatejo realizou uma intervenção para que passasse a haver um colector para receber as águas pluviais e outro para recepcionar em exclusivo as águas domésticas.