Sociedade | 08-06-2023 21:00

Falta de mão-de-obra prejudica sector da cortiça

Falta de mão-de-obra prejudica sector da cortiça
Simão Fortio (à esquerda, com um primo e o irmão) aprendeu a tirar cortiça por tradição familiar e hoje emprega 30 pessoas na Branca

A falta de mão-de-obra afecta a tiragem da cortiça, uma actividade única que é marca da região ribatejana. Simão Fortio resiste e mantém uma empresa onde as semanas de trabalho no montado não se fazem só com homens.

A actividade da tiragem da cortiça atravessou gerações até chegar a Simão Fortio. Aos 49 anos tem uma empresa de extracção de cortiça, na freguesia da Branca (Coruche), com cerca de 30 funcionários, incluindo o irmão e o primo. O ofício já foi ensinado ao filho, que está a estudar Engenharia Florestal, e ao sobrinho. Simão Fortio tinha 14 anos quando aprendeu a tirar cortiça “por obrigação”. Os tempos mudaram e hoje conta que é muito difícil encontrar mão-de-obra.
O esforço mental e físico que é exigido nesta actividade sazonal afasta os jovens. O trabalho começa às 06h30, pausa às 10h30 para comer, e continua até às 14h00. Os horários têm em conta o calor, que dificulta mais o trabalho. Subir aos sobreiros e descer, tirar cortiça com a machada, limpar o suor da testa e passar para outra árvore. São pelo menos entre oito a dez semanas de trabalho com folga ao domingo. Coruche, Benavente, Grândola, Torrão e Alcácer do Sal são algumas das áreas de montado de sobro onde é necessário tirar este recurso endógeno.

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