Peça "As Castro" tem estreia nacional em Tomar
A peça “As Castro”, de Raquel Castro, que se estreia dia 16 de Junho, em Tomar, tem por base 300 antepassados da actriz e encenadora, histórias das suas vidas, das suas famílias
A peça “As Castro”, de Raquel Castro, que se estreia dia 16 de Junho, em Tomar, tem por base 300 antepassados da actriz e encenadora, histórias das suas vidas, das suas famílias, e sobretudo das mulheres, a quem omitiam as profissões. Um estudo genealógico feito por um profissional, com a 'árvore' da criadora até ao século XVIII foi o ponto de partida para “um mergulho em algumas histórias de família, nomeadamente do ramo materno”, disse Raquel Castro à agência Lusa, no final de um ensaio de imprensa da obra, realizado em Lisboa.
A peça “As Castro”, que se estreia no Cine-Teatro Paraíso de Tomar, integrada na programação da Odisseia Nacional do Teatro Nacional D. Maia II, surge da vontade de a artista “querer descobrir” de que forma o seu passado "filial e histórico" influenciou a pessoa que é hoje. No meio de algumas curiosidades, Raquel Castro decidiu investir mais nas histórias das mulheres que lhe são mais próximas - a mãe e a avó materna, de que a mãe é cuidadora -, assim como noutras mulheres “que vieram antes delas”.
Entre as curiosidades que descobriu na sua árvore genealógica, Raquel Castro menciona o caso da trisavó materna, que era tanoeira, mas cuja profissão surge omitida nos registos, à semelhança do que acontecia com outras antepassadas. “Não era hábito referir as profissões das mulheres”, frisou.
“As Castro” tem texto e direcção artística de Raquel Castro, que também interpreta, com Sara Inês Gigante, Sara de Castro, Tânia Alves e Tónan Quito. É uma produção da Razões Pessoais em conjunto com o Teatro Nacional D. Maria II e A Oficina - Centro Cultural Vila flor (Guimarães), estreia-se no próximo dia 16 de Junho e tem nova representação no dia seguinte, em Tomar.